segunda-feira, 3 de junho de 2013

O SALÁRIO BAIXO DO PROFESSOR NO BRASIL

O salário do professor, sempre foi motivo de muita discussão entre os governos federal, estadual e municipal e o sindicato representante, que é a parte mais fraca. Freqüentemente as iniciativas de negociação ocasionais, relacionadas às melhorias salariais, são frustradas, ficando insatisfeitos ambos os lados, o que resulta em movimentos de reivindicação grevista, de endurecimento e radicalização de posições. A falta de entendimento prejudica a população que mais necessita.                                                                                     
As greves comuns na área educacional, dificultam o rendimento estudantil e também o recrutamento de docentes qualificados para a carreira pela falta de atrativos. Todos perdem com os salários ruins. Além disso, o crescimento lento da economia, não beneficia a população no tempo e na velocidade necessária. Crescem, em conseqüência, os bolsões de carência na periferia. Esses revelam, por sua vez, o despreparo administrativo de governantes para gerir as atividades sociais. Ilustram o complexo ideológico, retórico e ateísta, que beira as raias da exploração e ganância.                                                                   
 Não há no país, uma carreira docente que apresente hierarquia com direitos e deveres estabelecidos. Não há piso, teto e data base salarial. Há sim, muitos políticos envolvidos com o assunto e menos técnicos especialistas em educação. Essa área demonstra ser a predileta para exploração diversa, inclusive da boa fé. Cabe bem nesse tema o ditado popular: “falar é fácil, difícil é fazer”. Urge que o “Comitê Nacional de Defesa da Qualidade do Ensino Público” mantenha ações de negociação permanente. Urge atuar diariamente nas instituições governamentais e no Congresso Nacional procurando adequar o salário e a carreira docente, a fim de possibilitar o serviço de qualidade.  Há de ser ainda criados mecanismos de informação rotineira destinada à sociedade, a maior interessada.                                   
Observe a complexidade enfrentada pelas Universidades Federais, como um exemplo de dificuldade salarial e de gestão escolar. Foram criados Departamentos, que apresenta o chefe. Unidades ou Institutos com diretores. Pró-reitorias, com os pro - reitores e assessores e a Reitoria, reitor e também os assessores. Apesar das funções de cada cargo ser especificadas nos estatutos ou regimentos, quando esses existem, dificilmente a Norma é  utilizada. Na prática cria-se uma situação parecida com a Lei que já entrou em desuso e não é mais cumprida.                                      
Por vezes há sobreposição de atribuições na função docente. Considerando a prática e não a teoria, há valorização do cargo que possui a gratificação maior, devido a influencia da baixa remuneração. Os recursos destinados a investimentos e a OCC, alocados na chamada administração superior, também despertam cobiça. A situação deixa a desejar quando se observa a questão do reconhecimento de chefes, diretores e coordenadores de cursos. Anseia-se por revisões nesses casos e também por mudanças que conduzam ao aperfeiçoamento dos critérios de ocupação dos cargos. Os vínculos a partidos políticos, grupos ou facções, que promovem hegemonia durante décadas, podem afetar o ensino, pesquisas, e os trabalhos de extensão.                  A seguir, lista-se cinco afirmações de expressão significativa sobre a depreciação salarial do professor, demonstrando o descaso com a população e com o patrimônio público.
i.       Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO), divulgou que o salário médio do professor brasileiro  é o terceiro mais baixo em um total de 38 países desenvolvidos e em desenvolvimento.1
ii.       Pelos cálculos da consultoria Metas, o salário médio de um professor da rede pública com curso superior e com, pelo menos, 15 anos de experiência, não chega à metade da remuneração dos demais profissionais no Brasil.2
iii.     O Sindicato dos Trabalhadores do Estado de Goiás com dados da folha de pagamento docente de junho mostram que o Estado é um dos piores. Em 26 Estados mais o Distrito Federal, Goiás aparece apenas na 17ª posição3.
iv.     Prostituta se forma em Letras e reclama de salário de professora4.
v.    No regime de 40 horas sem DE, o professor universitário com doutorado percebe um salário cerca de R$ 4.500,00, que é menor do que o de um policial rodoviário (nada contra essa categoria, antes pelo contrário).5
 Referências
2-    http://educacao.uol.com.br/noticias/2012/10/01/.
5-   http://takenroad.blogspot.com.br/2012/07/por-que-o-salario-do-professo-das-ifes.html

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