sexta-feira, 17 de outubro de 2014

O ENEM

i.                   Enquete sobre o ENEM
Na época em que o ENEM foi criado pelo governo central, alguns professores da Unidade  Federal de Ensino e Pesquisa em que trabalhava, fizeram uma enquete interna, via internet, visando levantar opiniões a respeito.
ii.                 Voto contrário
Lembrei que votei contra, uma vez que essas medidas, políticas e muito comuns na área da educação, apresentam pouca ambição. Não solucionam o gargalo da educação  que consiste no acesso ao ensino superior gratuito.
iii.             Disputa indevida
A tradicional falta de vagas para os cursos que apresentam maiores demandas exigia dos jovens candidatos e em conseqüência de suas famílias e, portanto da sociedade, a disputa absurda de uma vaga, para cerca de oitenta inscrições.
iv.               Educação ruim
Esse desapreço aos interessados evidenciava claramente que a educação não era prioridade. Desde longas datas, o ensino superior gratuito serviu a uma elite que possuía preparação. O círculo de fogo,  manteve aceso esse sistema cruel.
v.                  Mais difícil ainda
Recentemente observei na mídia escrita nacional, uma avaliação sobre o ENEM que divulgava dados ainda mais surpreendentes. O número de candidatos às vagas elevou e a disputa  no vestibular, tornou-se muito maior.
vi. Educação que patina
Esse exame, cujas regras foram alteradas, beneficiando também os menos favorecidos, revelou muito cedo, que os objetivos estavam distantes de serem atingidos. Mostrou que a educação permanece se arrastando.
vii.            Cotas
A mídia aponta para o estreitamento do funil de acesso, dentre outros, a criação das cotas e o exame a nível nacional. Os candidatos buscam as melhores Universidades, sendo visível o acirramento da disputa pela insuficiência de  vagas.
viii.         Mudança real
O vestibular antigo e defasado é muito complexo.  Origina vários empecilhos para o crescimento. Análise do histórico escolar e a simplificação  através de testes de conteúdos específicos, como nos USA, viria a calhar.
ix.               Questão de orçamento e gestão
No entanto, a grande questão encontra-se no número baixo de vagas para os cursos mais procurados. Essa afirmativa não é verdade para as licenciaturas. Ociosas e dispendiosas evidenciam necessidade de maior gestão no ensino.
x.                  Produção diminuída
Enquanto houver dificuldades de administração e não se resolver essa questão do acesso à  Universidade e que faz parte do contexto educacional, a qualidade da produção no magistério estará comprometida. A sociedade sofre os reflexos.


sábado, 11 de outubro de 2014

O PROFESSOR
i.                  IDEB
Segundo a mídia nacional, o IDEB (Índice de desenvolvimento do ensino básico),  foi criado pelo governo federal nos moldes parecidos  ao de outros países, em meados de 2005. Visou avaliar  o ensino e não sofreu nenhuma melhora desde a data da sua criação.                                       
ii.              Dificuldade de ensino
Esse resultado, de alguma forma, ilustra a dificuldade  enfrentada pelo ensino público,  já de tempo atrás. Na época que cursava a licenciatura plena em Ciências Biológicas na Universidade de Brasília (UnB), existia empolgação pela profissão de professor.
iii.           Profissão desvalorizada
Aos poucos e com o passar do tempo, observava-se que a desvalorização incidia sobre o trabalho do mestre e promovia insatisfação geral no âmbito da carreira. O professor executava suas funções a contento, graças ao idealismo de promover o crescimento  na sociedade.
iv.              Função da categoria
A formação do aluno no nível fundamental, médio e superior caracteriza uma das principais funções do professor. Por isso, essa nobre categoria de profissionais congênitos, promove de maneira preponderante e decisiva o desenvolvimento de um país.
v.                 Dignidade através do trabalho
Se o professor estiver bem preparado não há dúvidas que a sociedade alcançara melhorias, até então inatingíveis. Ele atua como um lavrador, plantando a semente que desperta os valores, dentre outros, do trabalho  que dignifica o homem1.
vi.              Construção do país
Repare que as demais profissões como a de advogado, médico, engenheiro, etc., não ensina o conhecimento capaz de angariar divisas e elevar a qualidade de vida. O professor sim, constrói o país  abrigando a todos, em liberdade, na sociedade que se torna saudável.
vii.          Economia forte e professor fraco
O Brasil é uma das maiores economias do mundo e a quarta maior democracia da terra. Infelizmente, não apresenta ensino gratuito de qualidade, porque não possui um quadro docente preparado. Além disso, o mestre permanece desmotivado sem a carreira  profissional.
viii.       Estado de satisfação do professor
  Os imensos bolsões de pobreza que se pode observar, facilmente, na periferia das cidades brasileiras, são reflexos diretos da implantação de uma política, onde patina a qualidade do ensino. A maioria das escolas não apresenta professores orgulhosos e satisfeitos.
ix.              Mudança
Não há dúvidas que a falta de prioridade para a educação e em conseqüência, a banalização da profissão de professor, fará com que as mudanças desejadas pelas grandes manifestações populares ocorridas nas ruas  não sejam atendidas.
x.                 Valorização
Não resolve a questão da qualidade, elevar o financiamento da educação conforme o PIB. Igualmente, o ensino integral não soluciona o assunto. O professor é peça chave no contexto e necessariamente, terá que ser colocado de volta na posição que merece.
Referencias