terça-feira, 30 de abril de 2013

A PENÚRIA NA EDUCAÇÃO

        O estado comum da educação desde muito tempo atrás é a penúria. Os governantes sabem disso, mas entre outras alegações infrutíferas, dizem que a educação é suprapartidária e que todos devem contribuir1                           
A situação de inópia revela claramente a omissão da classe política, restando à população se mobilizar a respeito. Infelizmente isso não acontece porque não há história, iniciativa, experiência e/ou tradição a respeito. Será que o resultado improdutivo de reprovação da educação, possui origem no período colonial? Porque demoraram tanto a criar a universidade no país? Porque não há, até hoje, a suficiência de salas de aulas?          
 Conforme divulgado no artigo: Aspecto da escola boa e da escola ruim,  observou-se na China, recente exemplo mundial de progresso, a existência de escolas de tempo integral. A população foi alfabetizada e a mão de obra, especializada. De acordo com o livro: “O Brasil fugiu da escola,”2 o aparelhamento político das instituições escolares, dificulta o desenvolvimento da democracia produzindo prejuízos para a sociedade e dispondo a penúria na educação.                                                                      
O MEC exige o título de doutor para o magistério superior público federal. A norma coloca o ensino em dificuldade. O título não garante a competência do professor na sala de aula, na administração, etc. A aprendizagem adequada, nos três níveis, passa por um corpo docente preparado, interessado e querendo fazer a diferença. Seria vantajoso promover, no mínimo, reajustes na política de qualificação de pessoal docente.                                                             
 Em viagem a vários países na América do Sul (Argentina, Paraguai e Uruguai), Ásia (China), América do Norte (USA) e Europa (França, Espanha, Itália e Suíça), nota-se existir de forma geral, um anseio comum nessas regiões diferentes do mundo. A população busca a melhoria da qualidade de vida. Para isso, a educação é fundamental e todos procuram o mesmo: ensino de qualidade. Esse elo entre os países promove as diferenças de produção e de cultura, bem como, o conseqüente estado de crescimento e de satisfação.                         Atualmente, o governo investe somas consideráveis de recursos nas faculdades particulares, ao invés de  promover a abertura de vagas nas federais. Esse orçamento não poderia estimular o crescimento e a qualidade de oferta do ensino público? Não existe nesse caso um problema de escolha de prioridades? A população é prejudicada? A penúria é mantida? Porque não criar um banco de consultas e/ou atendimento eletrônico nas escolas públicas?
        Já recebi mensagens dizendo que os artigos de opinião desse diário, são exagerados. No entanto, se é verdade, exagera-se novamente aqui. Na educação pública  é  urgente a necessidade de reconhecimento: moral, social, financeiro e político, a partir  de todos os segmentos  da sociedade.
Referencias:
1 -http://josiasdesouza.blogosfera.uol.com.br/2013/01/16/lula-ensina-pupilo-haddad-a-governar-penuria/
2- Sérgio Kodato: “O Brasil Fugiu da Escola”.

sábado, 27 de abril de 2013

ASPECTOS DA ESCOLA BOA E RUIM

A qualidade que se pretendeu construir na escola pública e gratuita encontrou empecilhos e foi perdida ao longo do tempo, devido também a interesses menores, individuais, ou de grupos partidários.                                
Seria vantajoso, nesse momento, se houvesse atualização e aperfeiçoamento da política pública destinada à educação. Haveria possibilidade de o país conseguir agregação maior de valores para distribuir aos cidadãos. Talvez uma reforma política e a descentralização de recursos criariam mais oportunidade de educação para o povo. 
Na China, por exemplo, quando de minha estadia  naquele país de bilhões de pessoas que se tornou, hoje em dia, umas das economias maiores do mundo, pude   observar a importância e a força pujante daquela cultura. Ao apresentar um trabalho de pesquisa em congresso Internacional sobre alimentos, na mega cidade de Shanghai, fui convidado por grupos de professores da universidade federal de Pequim, para visitá-los a fim de iniciar um intercâmbio. Disseram-me que: “Na China existe muita gente e que caberia mais ainda.”                     
Revelaram muito interesse na pesquisa publicada. Ao iniciar a montagem do painel para a apresentação do “paper”, vários pesquisadores e estudantes chineses, já estavam esperando, perguntando e dificultando inclusive a fixação dos pôsteres.
        No Brasil, infelizmente, aquele grupo político que permanece no governo por vários mandatos, alternando somente as pessoas, mantendo os procedimentos, não consegue resolver as necessidades da população nas áreas sociais como: habitação, saúde, educação, segurança, transporte, etc. O que é pior ainda, quando toma posse, outro grupo de partido diferente, a situação ruim de coisas continua.                                                                       
A seguir, visando contribuir para o estabelecimento de objetivos a serem atingidos, destacam-se dez aspectos, conhecidos de todos, que caracterizam a escola boa e ruim.
ESCOLA DE BOA QUALIDADE
i.             Apresenta autonomia. (A diretoria é um cargo eletivo)
ii.           Forma lideranças capazes de solucionar problemas de impasse da comunidade.
iii.          Desperta a esperança e o sonho.
iv.         Apresenta igualdade de acesso e de oportunidades.
v.           Ensina tecnologias de inovação atuais de pesquisa e de extensão.
vi.         Mostra eficiência e transparência na administração escolar.
vii.       Estabelece a política de permanência do aluno na escola.  
viii.      Revela baixa evasão.
ix.         Valoriza o professor e demais funcionários.
x.           Estimula a qualificação e prima pela titulação do pessoal.
ESCOLA RUIM
i.             Autoritarismo. (A diretoria é um cargo indicado por alguém)
ii.           Os formandos são despreparados para atender as necessidades  da comunidade.
iii.           Não desperta interesse porque o ensino é prejudicado pela falta de prioridade na educação.
iv.         Apresenta clientelismo, corrupção, empreguismo e incompetência.
v.           Falta  clareza nas metas a serem atingidas.
vi.         O “aparelhamento”, serve ao interesse partidário,  “usando chapéu alheio”.
vii.       Estabelece a política de privatização e  descompromisso.
viii.      Revela alta evasão.
ix.         Mostra descaso com o piso, teto e a data base de professores e funcionários.
x.           O pessoal é desatualizado e desmotivado.






quarta-feira, 24 de abril de 2013

O SIGNIFICADO DE “QUALIDADE DO ENSINO”

        O termo qualidade do ensino apresenta um significado amplo e subjetivo que pode ser usado em diversos sentidos. Essa divulgação procura contribuir explicitando sinteticamente, apenas dez aspectos que se envolvem no assunto. Facilita-se assim o entendimento da acepção das palavras e evita-se a má compreensão do tema.
i. ELEIÇÃO DO DIRETOR.                                                                  
 No artigo “quadro atual da educação no Brasil”, publicado no site: http://walmirton.blogspot.com.br/, reproduziu-se a informação de que 46% dos diretores de escolas são indicados por alguém. A forma de escolha consiste em um equívoco cometido contra a comunidade em geral. Hierarquicamente, pode-se considerar que o diretor é a maior autoridade oficial da escola.                                    
 O diretor, funcionário público representante da comunidade acadêmica, além da responsabilidade de gerir com eficiência a escola diariamente, contribui com a discussão e o encaminhamento de propostas para o crescimento institucional. Recebe e atende ainda toda a comunidade participando do seu desenvolvimento.                 
Na época que seguia a carreira do magistério superior, fui eleito e reeleito, através de votação direta de alunos, professores e funcionários, para ocupar a diretoria de grande Unidade de Ensino vinculada as áreas de Ciências Biológicas e da Saúde de Universidade Federal. Eram freqüentes e inúmeras as dificuldades de toda ordem. É óbvio que a direção exige competência e dedicação do gestor público. Infelizmente naquele tempo, não houve iteração da Unidade com a sociedade. É óbvio que o aproveitamento adequado da administração, precisa do governante que adota a educação como prioridade.
ii.  AUTONOMIA
         A experiência administrativa demonstra que se consegue  resultado melhor na solução dos problemas, se durante o tratamento  das questões, não houver medidas elaboradas de “cima para baixo”. Isto é, um Conselho Diretor constituído por membros da própria comunidade decide e adota os procedimentos visando  encontrar as soluções.
iii. AMBIENTE DE TRABALHO
         A instituição escolar deve construir o seu projeto pedagógico com inclusão das metas a serem atingidas elevando dessa maneira a qualidade do trabalho. O ensino, pesquisa e extensão serão envolvidas com o pessoal da educação em um clima saudável de aprendizagem. É certo que o andamento exemplar das atividades influencia a conduta profissional posterior do aluno.
iv. INTERAÇÃO COM A COMUNIDADE
         Tem-se muito que aprender com esse assunto. A situação atual mostra que a comunidade está afastada da escola e não interage com ela. O procedimento de aproximação seria produtivo se a sociedade colaborasse nas reuniões. Além disso, o ensino e a aprendizagem também podem ser influenciados. O direcionamento relativo dos estudos motiva no sentido de dificultar o distanciamento demasiado do conteúdo programático, daqueles interesses maiores da comunidade, entre os quais, a promoção do bem estar.
v. AVALIAÇÃO DE APRENDIZAGEM
         Na modernidade atual, discute-se o encaminhamento do corpo discente para a série seguinte, sem a avaliação de desempenho. No entanto, recomendam-se aqui os exames de avaliação do rendimento. Existem dados importantes obtidos através de pesquisas, sinalizando favoravelmente nesse sentido. A avaliação demonstra a eficácia da qualidade do ensino e torna-se útil como índice de modificações para aperfeiçoamento.
vi. APOIO PEDAGÓGICO
         Obtém-se elevação da qualidade do ensino se o professor dispuser de apoio pedagógico. Se os dirigentes também acompanharem o desenvolvimento das atividades escolares rotineiras, contribuem adicionalmente com o crescimento das habilidades profissionais.
vii. INFRA-ESTRUTURA ADEQUADA
         Sala de aula limpa e apresentando os requisitos exigidos. Banheiros asseados. Área de leitura. Laboratório de aulas práticas, quadra poliesportiva, área de recreio. Sala de reuniões,  professores, diretoria, almoxarifado e auditório. Móveis e material pedagógico, informatização dos trabalhos, tablets, pessoal de apoio, etc.
viii. SALÁRIO DOS PROFISSIONAIS DO ENSINO
         O estabelecimento de carreira do magistério com piso e teto salarial que dignificam e valorizam a profissão é imprescindível. Esse aspecto torna-se de crucial importância. São inegociáveis. Não se admite que esse assunto esteja envolvido com descasos de qualquer natureza.
ix. TITULAÇÃO DOS SERVIDORES PÚBLICOS                     
 Deve-se exigir do pessoal da educação e também dos professores, a titulação própria que ilustra as atividades de ensino. Requere-se também o plano de carreira que estimula a qualificação e a atualização. Seria prudente e lucrativo, se o plano for elaborado sem conter exigências desnecessárias que promovem o clima de insatisfação.
x. APARELHAMENTO POLÍTICO DAS INSTITUIÇÕES
         x.i. Evitar o clientelismo que dificulta a corrupção, é uma norma da escola de qualidade. x.ii. Primar pela competência do pessoal e não pelo apadrinhamento, consiste em conduta da instituição de escol. x.iii. A primeira regra que demonstra a qualidade do ensino suficiente é não distribuir as instituições escolares públicas e gratuitas, entre os partidários da situação. Evita-se assim a continuidade do funcionamento dessas fabricas de produção da farinha do mesmo saco. x.iv. Na escola de elite os cargos dos dirigentes não viram instrumentos de conchavos e barganhas

sexta-feira, 19 de abril de 2013

A EDUCAÇÃO E O POLÍTICO

É preciso convir que o professor exerça o magistério  em condições de heroísmo. Em geral, não existe infra-estrutura adequada para o ensino gratuito. O salário é motivo de piada. Hoje em dia, ainda existem prefeituras que nem sequer pagam o valor irrisório que consiste no piso obrigatório.                                                                   Qual procedimento influenciará os políticos que assumem cargos legislativos e executivos temporários e que através das alianças partidárias permanecem em atividade por tempo exagerado? Acredita-se que a resposta, desprovida de  influencias ideológicas partidárias, será a cobrança exercida pela população, em todos os níveis de governo. Nesse caso, desenvolve-se um processo que acabaria por modificar a cultura. Haveria ainda, maior efeito se existisse uma coordenação das ações dessa comunidade organizada que pode e deve se mobilizar em prol de um objetivo.                                 Considerando a educação, o comitê, apartidário, de acompanhamento da qualidade do ensino gratuito, pesquisaria e definiria o anseio popular de melhoria. Obter-se-ia nesse caso, alteração significativa dos usos e costumes da comunidade, que se tornaria rotineira. Pela primeira vez, a população que sofre a violência do ensino ruim, faria chegar ao congresso nacional, conforme a lei e o número de assinaturas exigidas, as medidas que gostariam de adotar nessa área.                                                              
Os diversos representantes do povo no poder legislativo se elegeram através voto. Portanto, nada mais justo e razoável do que atender ao pedido popular, mesmo se não houver concordância. A representação obtida através de eleição implica em defender a posição do eleitor e não o interesse menor que diz respeito à visão pessoal do  representante.                                                           Dessa forma conseguir-se-ia um acréscimo  substancial dos investimentos dessa área que é determinante de melhorias sobre a qualidade de vida. Será o posicionamento da sociedade que estimulará o estabelecimento definitivo da atividade mais importante da comunidade: a qualidade do ensino. Infelizmente, pode acontecer que nem mesmo os atos dessa natureza sejam aprovados pelos parlamentares que fazem valer, por sua vez, os interesses pessoais. Recentemente fato parecido ocorreu nos EUA. A maioria da população concordou com as medidas de desarmamento e o congresso negou aprovação. 
        Se houver rejeição do pedido popular pelos representantes do povo, uma vez que não se trata de procedimento comum, torna-se necessário questionar aquela casa, sobre quais medidas seriam convenientes. Essa ação complexa e difícil de ser realizada, não se perderá, porque haverá ciência de que urge transformar para se adquirir o bem valioso, responsável pelo bem-estar, que diz respeito à qualidade do ensino gratuito.                              
Quando se considera a qualidade da educação gratuita reporta-se a uma situação complicada. Há muitas variáveis que influenciam. É triste explicitar que foi construída, ao longo dos anos, uma sociedade organizada em classes1. Portanto e infelizmente, pode-se observar que a rede de ensino gratuita, dependente de vários fatores, incluindo também a atividade política, não modifica a muito tempo a triste realidade.
 referência
1http://www.histedbr.fae.unicamp.br/acer_histedbr/seminario/seminario9/PDFs/6.10.pdf
       

terça-feira, 16 de abril de 2013

QUADRO ATUAL DA EDUCAÇÃO NO BRASIL

Não se pretende hastear aqui, nenhuma bandeira partidária. Destaca-se a seguir, dez afirmações publicadas em diversos meios de comunicação sobre a atualidade da educação no país. As frases proferidas por diferentes profissionais objetivam contribuir para a elaboração de diretrizes políticas e econômicas que auxiliem a construir de alguma forma, a rede de ensino pública e gratuita. Ao observar o panorama atual, infere-se facilmente que os três níveis de ensino carecem de atenção e apoio maior por parte de todos.             A educação deficiente é parecida com a saúde deficiente. A doença, se não receber os medicamentos na época oportuna e na dose correta, para recuperar depois, será necessário um tratamento mais difícil e dispendioso.
i.        “A educação brasileira é muito ruim. “Estamos perdendo o bonde da história”. E diz que “a educação no Brasil aumenta a desigualdade". Acredita que o desenvolvimento de uma educação deve ser voltado para objetivos mensuráveis e técnicos de qualidade.”                                                     
GUSTAVO IOSCHPE, economista,  revista Veja1. 
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ii.        “O sistema educacional brasileiro coloca os pobres para escanteio”                                                                                                                                                      
AMÉLIA HAMZE, professora universitária, área da educação1.
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iii.             A educação brasileira não evoluiu muito no que se refere à questão da qualidade. O que podemos notar, por dados oferecidos pelo próprio Ministério da Educação, é que os estudantes não aprendem o que as escolas se propõem a ensinar.”            
JOSÉ LUIZ DE PAIVA BELLO, Educação no Brasil2.
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iv        A grande questão é que parece que a educação deficiente gera votos e oportunidades de alguns crescerem em cima de um fato que é cada vez mais triste para o povo e que faz parte dos discursos políticos.”
FRANCISCO DJACIR SILVA DE SOUZA, mestre em educação, professor e escritor de livro3.
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v. “Lixeiros com doutorado, talvez consigam evoluir para entregadores de pizzas.”
CÍRIO SIMON, Doutor em história da arte4.
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Vi  É preciso determinar estratégias claras de investimento para que se controle a inflação de forma a despontar a educação como prioridade.”                                                                                                                                           
WALMIRTON D’ALESSANDRO, prof. Universitário aposentado5.
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vii.        Uma das maiores escolas públicas muriciense, Alagoas, funciona em salas de chão de terra separadas por tapumes.”
GABRIELE JIMENEZ, Parada no Tempo - Revista Veja, 17/04, 20136.
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viii. “46% dos diretores de escola chegam ao posto por indicação de alguém.”
 GUSTAVO IOSCHPE, Diretor de escola: O protagonista esquecido. Rev. Veja7.
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ix. “Ensino médio brasileiro era ruim. E está pior.”
EDUCAÇÃO. 6/03/20138.
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x.Quando cotas são estabelecidas, não se pode achar que a universidade sozinha vai resolver os problemas de ensino do país.”                                                                                                                     
 LENÁ MEDEIROS DE MENEZES, sub-reitora de graduação da UERJ9.
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             Referencias
1-http://educador.brasilescola.com/trabalho-docente/educacao-capitalismo-fala-continua.htm
3-http://www.artigos.com/artigos/humanas/educacao/educacao:-o-descompromisso-continua-14257/artigo/
4-http://profciriosimon.blogspot.com.br/
5-http://walmirton.blogspot.com/
6-Gabriela Jimenes, Rev. Veja. Parada no Tempo. 17/04/2013, p.88-90
7-gustavo Ioschpe. Rev. Veja. Diretor de Escola: O protagonista esquecido. 17/04/2013, p.96-97.
8-http://veja.abril.com.br/noticia/educacao/ensino-medio-brasileiro-era-ruim-e-esta-pior
9-http://www1.folha.uol.com.br/educacao/1251863-formacao-ruim-inibe-inscricao-em-vestibular.shtml


domingo, 14 de abril de 2013

E A EDUCAÇÃO CONTINUA RUIM.....

Desde o início da divulgação desse diário virtual, onde são postados alguns comentários pessoais, na forma de artigos de opinião sobre a educação, principalmente, aquela ofertada de maneira pública e gratuita a população, é que recebo algumas críticas e elogios oriundos de diversas regiões.                                        
Os artigos revelam aspectos da situação ruim que se encontra a educação. Divulga-se o texto sem envolvimento com partidarismos e sem outro interesse que não contribuir de alguma forma, com a melhoria do trabalho desenvolvido nessa área social crucial da comunidade. Nessa ação voluntária, de pouco apoio, significado e abrangência, são abordados, dentre outros assuntos: salário baixo do professor, estado de desânimo dos dirigentes, infra-estrutura imprópria, abandono pelos políticos administradores, aprendizagem insuficiente e oferta de qualidade ruim desse serviço ao povo.  
Pode-se dizer que são velados alguns poucos comunicados recebidos como resposta a essa publicação de opinião. Correspondem a críticas que não contribuem para a melhoria de desenvolvimento do tema. Enviados na forma de e-mail Cco, talvez para não despertar a curiosidade, parecem revelar interesses políticos não explicitados. Alegam motivos vários. Desviam a discussão do assunto principal e que diz respeito, geralmente, ao questionamento sobre o estado da qualidade de funcionamento do ensino público.                                                                                              
Por outro lado, algumas mensagens recebidas, são revestidas de elogios construtivos, chegando até mesmo a contribuir para a melhoria da publicação. Houve caso onde ocorreram sugestões de correções do texto. Houve ainda contribuição que elevou a qualidade do teor redigido. Na ocasião, apresentaram-se argumentos valiosos que não foram utilizados na publicação efetivada. De qualquer forma, é importante anotação desses fatos porque demonstram que existe alguma repercussão. A resposta aos artigos de opinião, favorável ou não, revela uma positividade que se espera refletir na escola para alteração do estado de desleixo. Acredita-se ainda que o ensino seja o responsável maior por criar possibilidades ao indivíduo de agregar valores. De potencializar ações que conduzem a melhoria. Isso corresponde ao que aqui realmente interessa. Não existe nenhum outro interesse.                              
Ora, os artigos objetivam estimular o que realmente ocorreu nesse site: posições contrárias e favoráveis que deverão ser adotadas ou não pelos leitores.  O próprio Ministério da Educação divulga dado revelando as condições ruins de dependência de investimentos e de docentes qualificados, que continuam existindo, surpreendentemente, ainda hoje, na educação do século vinte: “A nota do ensino médio está abaixo do patamar dos quatro pontos na maioria das regiões do país. A média dos países melhores organizados política e administrativamente, é de seis pontos1.”              
  Destaco já de muito tempo, essa questão difícil de ser trabalhada, que consiste na qualidade do ensino, porque ela é uma das causas maiores de produção de desigualdades. Vide a situação absurda nesse sentido, traçada pela professora Amélia Ramze, no seu artigo: “educação e Capitalismo: e a fala continua2”.
Referências:

sábado, 13 de abril de 2013

O BRASIL É CAMPEÃO EM EDUCAÇÃO RUIM

            É do conhecimento da maioria que o governo não sabe cuidar da população. Observe a educação ruim. A saúde, a segurança, etc. Os políticos preferem atuar naquelas atividades que aparecem. Elas produzem votos que mantém a máquina administrativa, aparelhada por tempo excessivo, mais do que o necessário. Ordenam a construção de  ginásios de esportes, por exemplo, mesmo que não funcionem depois. Asfaltam ruas, mesmo que fiquem sem manutenção depois.                                        
           O país vive uma crise social oriunda de políticas partidárias ideológicas e indesejáveis. O Brasil é campeão em educação ruim. Basta observar o ranking do ensino. Possui ainda, como se já não bastasse, as maiores favelas do mundo. Veja a periferia das grandes cidades. É PRECISO promover a mudança dos políticos e a conseqüente alteração das políticas públicas. A inflação atual elevou os preços de forma acintosa. Alguém já disse que o tomate, por exemplo, de vermelho, alterou para a cor amarela, i.e., da cor do ouro.      
       É PRECISO instalar uma reforma educacional e tributária, dentre outras, não somente, mas também porque, os impostos elevados como são do conhecimento geral, não retornam em benefícios suficientes para o contribuinte. Sem dúvida, é PRECISO estabelecer outras estratégias políticas de estimular o progresso. O país encontra-se na situação triste relacionada à educação, também porque, é PRECISO formar políticos estadistas. Que sejam por sua vez, desapegados dos interesses menores  proporcionados pelo poder público. Note as benesses desses cargos administrativos que auxiliam na manutenção da ciranda financeira e das modificações que conduzem a “farinha do mesmo saco”. E ainda mais, note a continuidade do grupo que eventualmente e por ora, “anda por cima da carne seca”.                                                                                                      
         É PRECISO preparo em adquirir o destemor e a visão arguta para modificar as prioridades que foram estabelecidas pelos diversos governos, atuais e passados. Foram eles também os responsáveis por conduzir à educação de qualidade a essa situação lastimável que se encontra. É PRECISO adotar medidas que solucionam a questão. É PRECISO extinguir  a antiga e já falida retórica de palanque que confunde, mistura, distorce e não resolve. É PRECISO determinar estratégias claras de investimento que controlem a inflação para que a educação possa despontar como prioridade.
            É PRECISO construir a renovação que permita escapar dessa mesmice do “dia-a-dia”, dessas relações simples do “terra-a-terra”. É PRECISO ousar, claro que é PRECISO, nesse caso, ambicionar e ultrapassar limites para que se aplique as medidas que possibilite a população atingir o seu destino, em termos das melhorias sociais de que é carente. O país possui todas as condições, mas PRECISA de situação nova: íntegra, leal, honesta, confiável, competente e de educação de qualidade em todos os níveis. PRECISA dos valores que despontam a sociedade para transformar-se em país desenvolvido, para se constituir enfim em um celeiro de oportunidades. É PRECISO abandonar a cultura bem desgastada de exportar material primário e importar bens industrializados. É PRECISO apresentar maior competitividade. Quem não sabe que é PRECISO da mão de obra especializada?                                                                                                   
            Porque a demora? Onde está o interesse dos políticos? Porque perdem a oportunidade de alavancar o país? Onde estão os ideais que conduzem a solução? Não há tempo para perder. A relutância, na promoção do progresso geral prejudica todos de forma irremediável. É PRECISO salvar a educação com urgência para que se observe que valeu a pena cada minuto do trabalho despendido. Ao redor do local onde as Instituições de Ensino, de qualidade irrefutável, serão construídas, visando atender a política de inovação e os diferentes procedimentos culturais  a serem implantados, existirão placas alertando: “cuidado, área de segurança nacional”.                                                                                                        
               Não se pretende ser o dono da verdade. Não se pretende que todos concordem aqui com o que é PRECISO, i.e., com as dificuldades explicitadas nesse artigo. Acredita-se, no entanto, que se torna incontestável que É PRECISO sair dessa situação de desencanto que se encontra a educação. Não se acredita ainda que a questão vá se resolver a partir de uma só canetada. É PRECISO nessa altura dos fatos, uma ação integrada do governo e da sociedade organizada. É PRECISO criar um comitê permanente, técnico e apartidário. Que adote iniciativas objetivando desencadear ações práticas, a partir de projetos elaborados em conjunto. Que  acompanhem os resultados produzidos pela aplicação das ações de recuperação e transformação.                                               
               Observe que existe uma época da vida da pessoa que é mais propícia a esse tipo de trabalho representativo. Época que não seja necessário delegar competência a todo o momento. O PNE deixou de ser cumprido desde muito tempo atrás. Devido a esse histórico de incertezas,  deve-se recear, portanto, que o aluno não será atendido a contento no que se refere à sua aprendizagem de qualidade, em qualquer que seja a data do PNE. Muitas instituições de ensino sequer possuem condições de uso. O professor trabalha em condições heróicas. É PRECISO estar mais próximo da escola e oferecer não somente condições precárias de funcionamento. É PRECISO almejar que “o bom” seja para todos.

quarta-feira, 10 de abril de 2013

INDÍCIOS DE DESOBRIGAÇÃO DO GOVERNO PELA EDUCAÇÃO

         Existe uma vasta bibliografia publicada, dizendo respeito aos   interesses governamental, de desobrigar-se da educação. Apesar de se entender que não fará falta, pretende-se contribuir com mais esse artigo. Quando iniciei os comentários sobre a educação nesse diário virtual, acreditava que somente alguns poucos colegas iriam ler para posterior conversação. Como já existe mais de mil acessos, o “site” ultrapassou os objetivos iniciais estabelecidos. Logo, existe a esperança dos artigos, pelo menos, estimular o interesse contra a situação ruim.                                                                                       
A seguir, pretende-se somar forças com as inúmeras  publicações já promovidas sobre essa questão. Destacam-se somente dez aspectos relacionados ao descompromisso com o ensino superior das IFES e que entristece porque sem educação de qualidade não se vai a lugar algum.
i.              Número insuficiente de vagas para os cursos que a população mais procura. O povo sofre constrangimentos diversos quando preparam provas vestibulares que exigem  numero excessivo de candidatos por vaga.

ii.             Criação de um sistema de cotas. Nesse caso, há desesperança relacionada à diferenciação devido à raça, cor e classe econômica, afetando o nível do ensino uma vez que não obedece a questão de mérito.

iii.            Oferta de ensino ruim produzindo sofrimento causado pelos salários indevidos. Note a insatisfação gerada pelo número de advogados reprovados no exame da classe e nos erros de português em redações do ENEM.

iv.            Oferta de vagas para contratação de mão de obra especializada no mercado de trabalho e que não são preenchidas. Veja o desalento do povo. Não ocupa as vagas de emprego porque recebe formação inadequada.

v.             Implantação de fundações particulares no interior do espaço físico das IFES. Inicia-se dessa forma a situação  complexa de misturar  o público com o privado. Seria uma maneira de começar pela rebarba?

vi.            Necessidade dos Hospitais Universitários vinculados as IFES, de celebrar convênios com outras instituições públicas ou não. Observe a ansiedade produzida naqueles que necessitam desses serviços de saúde.

vii.           Término recente da aposentadoria integral do professor universitário. Perceba as dificuldades causadas. Terão que diminuir o salário com taxas adicionais, caso queiram manter o fraco poder  aquisitivo.

viii.          O PROUNI, programa de bolsas com gasto do erário público para facilitar o ingresso nas particulares. Mistura o público com o particular. Confunde contribuição doada para aqueles de baixa renda com a ação eleitoreira1.

ix.            Houve época que diminuíram a dotação orçamentária  e os recursos humanos. Houve terceirização e extinção de alguns cargos públicos. Aplicou-se a política neoliberal nas IFES2.

x.             Em 1985, Comissões de alto nível e o Grupo de Reformulação do ensino Superior (GERES), defenderam a existência das universidades de excelência (de pesquisa) e as de ensino, alegando custos elevados. Devido ao  trabalho contrário, desistiu-se da idéia3.

 Referências bibliográficas