terça-feira, 12 de junho de 2012

PARA INTERCESSÃO DA AUTORIDADE

As considerações  a seguir, foram elaboradas sem considerar ideologia partidária, já que educação é  assunto suprapartidário. O texto apresenta informações e argumentos visando subsidiar a intercessão da autoridade.
 Professores mal formados
Esses profissionais  formam mal os alunos e não recebem salários dignos. Em países desenvolvidos como a Finlândia, Coréia do Sul e Canadá, os professores são respeitados e se orgulham da profissão. Quase todos possuem preparação adequada, atingindo o grau mínimo, correspondente ao título elevado de  pós-graduação mestrado ou doutorado
Dados estatísticos
Os números de modo geral são interpretados em função do propósito e visão de mundo de quem analisa. A verdade é que o progresso será bastante limitado, se não houver oferta de educação de qualidade para todos. Além disso, as condições de igualdade na disputa pelas vagas, devem  atender a demanda. Para atingir o objetivo, o salário do professor deve ser elevado até o valor que  possa aflorar a dignidade.
Funcionários da escola
Na Finlândia e Canadá, os estabelecimentos escolares contratam funcionários habilitados, psicólogos e especialistas em crianças excepcionais. A profissão de professor situa-se entre as mais procuradas devido à valorização. Os melhores alunos são recrutados, possibilitando a formação  de bons mestres com a obtenção do desenvolvimento e a melhoria significativa da qualidade de vida. No Brasil, pelo contrário, contratam-se professores sem instrução adequada e até mesmo  pessoal leigo. A diferença crucial quando se compara com outros países, é explicada, pela falta de valorização da profissão. É preciso estabelecer na carreira, a data base, o piso e o teto salarial.
Questões estruturais
Na realidade brasileira, as escolas públicas apresentam: i) salário de pessoal baixo; ii) número excessivo de alunos; iii) prédios sem manutenção e portanto, inadequados; iv) quadros negros usados excessivamente; v) ausência de laboratórios e livros na biblioteca; vi) violência e indisciplina; vii) mesas, carteiras e sanitários insuficientes, etc. Os professores solicitam, até mesmo, a licença médica porque ao recear a violência, evitam comparecer ao local de trabalho. Observe o que existe de comum nos países desenvolvidos do mundo moderno: a valorização do professor.
Federalização
O ensino fundamental e médio se fossem administrados por um órgão  federal  e não pelos estados e municípios que são bastante  díspares, poderia implantar com mais facilidade  um currículo único nacional. Seria mais simples modificar os conceitos relacionados ao ensino, como por exemplo, o plano de qualificação de pessoal e a melhoria do ambiente escolar. São tantas as deficiências, hoje em dia, que a esta altura dos fatos incontestáveis, é preciso  um choque de educação no país.  Tamanha é a dificuldade, que o órgão central administrador da educação (MEC), é obrigado a solicitar contribuição geral da sociedade, para participação ativa no processo da educação, sob pena de nunca mais recuperar a qualidade do ensino no país.
Aumento de salário
Em Goiás, houve greve recente dos professores da rede estadual do ensino médio. Fato recorrente no país. Esse movimento durou longos meses do semestre letivo. Uma das motivações da paralisação residia no fato de que o secretário da área, deputado estadual designado para o cargo, retirou a gratificação por titulação dos professores. No período de greve o governo informava que o salário havia  aumentado, mais de trinta por cento, alguns meses atrás. A questão é que mesmo considerando esse aumento, a remuneração ainda continuava irrisória,
Política de valorização
Não há o que fazer! O que de mais importante existe em uma cidade é a sala de aula. A criança é cheia de sonhos, críticas e curiosidade. Após cursar o ensino fundamental público gratuito ela perde muito dessas características. No ensino médio preocupa-se excessivamente em fazer “cruzinhas” preparando-se para as provas que dão acesso as Universidades Federais. Essas por sua vez,  são injustas já que, dentre outras razões, as condições de preparação dos candidatos são  desiguais. É preciso valorização real do professor e a sociedade tem que ser  responsável pelo acompanhamento disso. Observe a greve do ensino médio que ocorre neste momento na Bahia e ainda a greve nacional dos professores das IFES neste corrente mês de maio de 2012. Não existe outra saída! Cada membro da sociedade precisa se tornar um soldado na luta pela qualidade na educação. As greves  nessa área vital da melhoria e crescimento, ocorrem com  freqüência revelando claramente o descaso com o assunto.