terça-feira, 25 de junho de 2013

A PESQUISA, A COMUNDADE E A LUZ ELÉTRICA

                Ao longo de décadas, de forma progressiva e a duras penas para o povo, modifica-se lentamente a mentalidade sobre a importância da educação gratuita. Seria útil revisar também a competência legal de gestores administrativos, que trazem ainda resquícios de um passado onde reina até hoje, o posicionamento antiético, uma vez que votam o próprio aumento  salarial.                           
Alguns responsáveis diretos que provocaram as recentes e grandiosas manifestações populares teimam em vetar projetos que incluem a representação popular nas discussões de matéria do interesse coletivo. Recentemente em Goiânia, houve voto contrário à participação popular, na discussão de projetos destinados a mega-construções que afetam o meio ambiente. A proposta de convocar audiência pública sobre o assunto foi negada e o povo impedido de opinar.                                                           Felizmente, sob a pressão da comunidade, o Congresso Nacional, aprovou a aplicação de 10% do PIB para a educação pública, a ser utilizado no próximo Plano Nacional de Educação que tramita morosamente naquela Casa. Ao se analisar a evolução da porcentagem do PIB destinado à educação, ao longo do tempo, pode-se afirmar que em 2013 houve alguma evolução e que ainda não resolve a triste situação.                                                                  
No entanto, o acompanhamento das ações que visam atingir as metas estabelecidas, torna-se necessário, a fim de aperfeiçoar a gestão dos recursos públicos. A responsabilização que porventura exista, de atos relacionados ao tema, evidenciará as mudanças reais ocorridas nessa área social  importante.                                             
Observe o caso em que tempos atrás, trabalhou-se visando atender a um Edital para financiamento de pesquisas publicado pelo governo federal e intermediado pelo Estado. Após acatar ao conjunto de normas burocráticas e cansativas que foram determinadas, para aceitação e apreciação da pesquisa, a equipe de docentes universitários autora do projeto, aguardou o resultado  divulgado meses após. Para surpresa geral, receberam aprovação, “projetos de pesquisas” relacionados à instalação de postes de luz em bairros na periferia de cidade do interior, onde as ruas não apresentavam iluminação.                                                                   
Essas pesquisas, na área da engenharia elétrica, que visavam melhorar a questão de iluminação de bairros inteiros exemplificam o zelo que se deve dispensar a questão da administração dos recursos. Um dos projetos preteridos serviria para estágio obrigatório de aperfeiçoamento de alunos e de dissertação final de Curso de Pós-graduação. A equipe de professores que sofreu a desilusão, não mais atendeu a nenhuma chamada de Editais e daí em diante, trabalhou buscando apoiar a criação de uma Fundação Estadual de Apoio a Pesquisa.                                                            
A Fundação organizaria um Conselho que pudesse acompanhar as comissões de captação e apreciação de projetos, da execução da pesquisa, até a divulgação dos resultados finais. Apresentaria autonomia e recursos próprios para investir no desenvolvimento, através do ensino e da pesquisa.                                
Gostem ou não, o poder é do povo e não dos políticos de altos salários instalados em salões bacanas. A luta nas ruas, já conseguiu uma bela vitória que foi a redução dos preços de ônibus. Os políticos, de modo geral, pensam mesmo é nas próximas eleições. Nem é preciso de pacto, de plebiscito, etc., que poderiam auxiliar. Onde estão os trinta e nove ministérios? Basta reduzir o número para alguns poucos que funcionem e a situação ruim da qualidade do serviço público será resolvida, incluindo a educação. Porque não se cria atrativos para as licenciaturas? Porque ninguém fala no professor? Não é o agente principal na educação do povo? E a Carreira de Estado para valorização do Professor? Esse assunto deveria constar de uma agenda especial em regime de urgência!

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