(i) As diferenças existentes entre os membros de uma mesma categoria como a dos professores, por exemplo, devem ser utilizadas para adquirir conhecimento visando fortalecer a classe. Que a qualidade do ensino nas escolas públicas no país, deixa a desejar, é do conhecimento da maioria das classes média e rica. Quando há divulgação das notas do ENEM, exemplificando o assunto acima, uma classificação das escolas é divulgada conforme as notas obtidas pelos alunos. Sabe-se que as escolas com notas maiores do ENEM, não são necessariamente as melhores. Oitenta por cento das notas mais elevadas estão associadas às boas condições sócio econômicas dos alunos. A boa nota é mais vinculada aos recursos monetários e culturais familiares, disponibilizados ao estudante e muito menos à escola propriamente dita. Esse resultado revelador, socializado em vídeos na mídia eletrônica, sinaliza a importância da (ii) adoção de políticas públicas que também possam valorizar o professor que é a principal profissão responsável pela ascensão social.
Categorias de profissionais liberais (médicos, engenheiro advogados, etc.) percebem uma remuneração mais vantajosa quando comparadas com a docente. Curioso é que, como se sabe, são completamente dependentes dos docentes para a formação e obtenção do título. Porque a docência não é devidamente considerada em termos de emolumentos? Porque atravessa por longo tempo, o período de “vacas magras”? Seria a desunião da categoria? As representações sindicais não se empenham? Porque as instituições escolares públicas não recebem verbas suficientes para crescimento e manutenção? Seriam essas as razões produtoras da escassez?
As citações acima não fazem parte da causa principal da desvalorização. O maior número de professores públicos encontra-se no ensino fundamental. O que dificulta o reconhecimento profissional e o que há de ser modificado para que essa categoria forte possa expressar a sua significância? (iii) Se houvesse acompanhamento adequado da função docente, incluindo a responsabilização de gestores pelas práticas de má administração, haveria também maior crédito ao sistema de ensino.
O professor é o contribuinte maior que favorece a melhoria da qualidade de vida da população. Seria o argumento da desunião, difundido no meio deles, útil para que alguns possam ganhar? Sabe-se, que as instituições escolares públicas, apresentam dificuldades para manutenção dos prédios, instalações laboratoriais, etc. (iv) Porque tarifas de água, energia elétrica e correio, por exemplo, não são subsidiadas ou até mesmo concedidas ao sistema público de ensino? Porque não há fiscalização salutar nesse sistema. Não é ele o que mais contribui para o rendimento e a produção dos recursos disponíveis? Seria moderno e lucrativo se houvesse adoção de (v) medidas que pudessem valorizar o profissional do ensino na sociedade. Algo visando à inclusão social da categoria. Atrair os jovens para as Licenciaturas e então, pelo sistema de mérito, selecionar os melhores para a magistratura. E os estudantes não são os olhos jovens da sociedade? (vi) Ao realizar os cursos, estágios, treinamentos, etc., seria alentador para as autoridades competentes, que o estudante avaliasse a aplicação apropriada dos recursos públicos.
É necessário mudar essas condições de instrução que o país apresenta, sem truques ou simulacros que acobertem a realidade. A situação de desapreço e desconfiança, transformada em orgulho e segurança. (vii) A sociedade será beneficiada e renovada se houver a implantação de um projeto de educação do país. Queira ou não, o professor ainda será reconhecido! Não há como, por ele passa todas as demais profissões.
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