segunda-feira, 25 de julho de 2011

CONSIDERAÇÕES SOBRE A PROFISSÃO DOCENTE

                    CONSIDERE o projeto de aposentadoria para docentes pós-2004. A categoria perde a paridade. O valor atingirá um teto pago pelo governo, atualmente, em torno de R$3.000,00. O docente contribuirá com uma determinada quantia para o Fundo de Pensão, substituindo os 11% que são hoje recolhidos.  É surpreendente, porque na modalidade de contribuição definida e não de benefício definido, (segundo Gil Vicente-Proifes) sabe-se quanto se paga e não quanto se recebe. Porque é comum existir a sanha contrária a profissão docente?
                    CONSIDERE o projeto de reforma universitária, elaborados pelos governos anteriores. Havia uma sugestão que consistia em retirar os aposentados da folha de pagamento das IFES. Que política de precarização foi aquela? Porque ao invés disso, não incluem os aposentados, que possuem qualidade inestimável e exclusiva, oriunda da experiência? Porque não investir em programas para doutores e estudantes de pós-graduação? Distorção do tipo estágio de docência na pós-graduação,  atenuando a falta de docentes, não é prejudicial? O que dizer sobre a história do voluntariado?
                    CONSIDERE a questão da segurança no campus das IFES. Os meliantes faziam “a feira” no estacionamento e nos prédios, quando era diretor de unidade. Recebia reclamações diárias sobre danos causados por vândalos e ladrões. A situação melhorou após trancar com correntes e cadeados, um dos dois portões de entrada e saída. Melhorou após a distribuição de um folder sobre segurança. Foi suficiente? Para manutenção do bem público e da segurança pessoal, que outras medidas deveriam ser adotadas na universidade?
                     CONSIDERE a questão das aulas de campo, fundamentais, para muitos setores. O sistema de transporte nas IFES destinado aos alunos, docentes e monitores existe? Deve-se definir um orçamento específico para essa atividade? As matrizes utilizadas no MEC, para distribuição do orçamento não precisa de revisão, discussão e re-construção? O seguro contra acidentes pessoais, não é obrigatório para essas aulas? Deve o professor modificar o programa da disciplina, em decorrência da infra-estrutura minguada?
                    CONSIDERE a biblioteca, livros e periódicos das IFES. Alguém está satisfeito? Os livros textos são atualizados e suficientes? Matriculei em Universidade Americana, no ano de 1976. Alguém duvida da maravilha que era a biblioteca? Naquela época, os alunos podiam assistir ao vídeo-tape, de todas as aulas que porventura haviam perdido, em carteiras de estudos estofadas.  O MEC não pode disponibilizar na internet os periódicos indicados? O país não possui previsão, de se tornar a quinta maior economia do mundo, já em 1915?
                    CONSIDERE o episódio dos erros nos livros financiados pelo MEC. Esse ministério apresenta problemas de gestão? Foram sete milhões de livros! O que pensar sobre os “kits” anti-homofobia? Alguns colegas dizem que não sou apartidário e que destaco somente aspectos contrários, que afetam suscetibilidades. Dizem que apóiam o ministro porque é melhor que os anteriores. Que situação é essa? Não urge a recriação de concepções, práticas pedagógicas e de gestão? O docente tem compromissos com iniciativas ineficientes ou equivocadas?
                    CONSIDERE a presteza de atendimento do MPOG, ao pedido de registro de sindicatos locais (SLs), vinculados a entidades legítimas de grandes universidades federais brasileiras. Mesmo que sejam assinados agora, o que justificou a lentidão de anos, para emissão da Carta? Essa recente organização de classe, não cria oportunidades e novas realidades? Os SLs, não são formais ou economicistas? Não promovem mudanças no labor que se tornou mera rotina? A meta dos SLs, não faz parte de um processo maior que é  destinado a sociedade? É o docente que precisa ser mantido em baixa?
                    CONSIDERE a discussão do “poder interno” na universidade. Veladamente, uma vez, houve estorvos para eu pudesse dar aulas em determinado curso. Os gestores receavam perder os cargos gratificados. Eu criticava a falta crônica de materiais para aulas práticas. Que medidas contrárias podem ser aventadas contra as facções, partidárias ou não, que assumem os cargos e trabalham para satisfação de interesse menores, individuais ou de grupos? Apesar das “fórmulas” de distribuição de recursos, a competitividade, não cria uma realidade triste e infeliz?
                    CONSIDERE os envolvidos nas questões da educação no país: 1) governos federal, estadual e municipal; 2) Congresso Nacional; 5) reitorias; 6) UNE; 7) DCEs; 8) representação docente e de funcionários; 9) entidades representativas da sociedade organizada; 9) CNBB; 10) Pais; 11) Câmaras legislativas, etc. Não estão faltando nessa lista, as Comissões locais, regionais e nacionais de docentes para revelar a competência, dedicação, compromisso, responsabilidade, e ainda o trabalho infatigável, disciplinado e rigoroso?

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