quinta-feira, 4 de julho de 2013

A EDUCAÇÃO E O DEPUTADO

         Na tribuna do Congresso nacional, o deputado federal alegou que se o povo critica o seu trabalho e reclama nas ruas, então seria melhor que a população pudesse promover votações via celular. Alegou ainda que o poder executivo encaminha medidas provisórias em excesso e no final das contas, acaba legislando e substituindo o congressista da sua tarefa de elaborar as leis. Nesse sentido, a continuar esse estado “coisas,” o poder legislativo não  seria necessário. 
         Particularmente, acredita-se que o legislativo é importante no regime democrático. Ao deputado, cabem as seguintes atribuições: relatar projetos, votar, rejeitar, fiscalizar, apoiar o governo, representar a sociedade. Para desenvolver esse trabalho, não justifica adotar procedimentos que despertam a incredulidade popular como é o caso de votar em causa própria, visando auferir lucros e vantagens que o distancia enormemente  da grande maioria do povo.                                                                      
         Com um total de R$ 142 mil reais mensais entre salários e benefícios para cada um, somente os deputados federais gastam dos impostos arrecadados, cerca de um bilhão por ano1. A seguir, encontra-se listados, alguns benefícios, dentre outros, que são aprovados pelos e para os mesmos:
i.                    Salário de R$ 26,7mil.
ii.                 Seguro saúde ilimitado.
iii.              Passagens aéreas,
iv.              Carro alugado,
v.                 Combustível de graça.
vi.              Telefone pago.
vii.            Auxílio moradia.
viii.         Ajuda de custo.
ix.               Até 25 funcionários.
x.                 Auxílio gabinete.
        Torna-se, portanto, muito evidente porque há  insatisfação e descrédito  na população. Certamente, o legislador com tantos auxílios monetários permanece fora da realidade e apresenta dificuldade de compreender a sua representação. O político com mandato temporário, em verdade, poderia situar-se em termos salariais,  no valor médio do ganho salarial do povo que espera representar. Inclusive porque se trata de um exercício onde se exige a ficha limpa, isto é, o sacerdócio e a contribuição voluntária dedicada para a comunidade. A satisfação pessoal das benfeitorias realizadas já seria um pagamento significativo.                                                                   
           Esse labor político voluntário, de forma alguma necessita de privilégios que nenhum representado possui. Verbas para gastar como quiserem? Podem faltar ao serviço quando quiserem? Somente três dias de trabalho na semana? Vender ou alugar seus cargos para suplentes? Ora, não se há de ficar surpreso porque a quantidade e a qualidade da educação pública é falha.                                                                                            
               Não é suficiente alegar que houve expansão da área educacional! O ensino público nos três níveis necessita modificações grandes para atender com qualidade a comunidade que a sustenta. Há que se destacar e dignificar o agente principal responsável pelo desenvolvimento que é o professor. A transparência, desperta a confiança, admiração e respeito  quando o requisito de qualidade é ofertado para quem merece e que diz respeito à coletividade que paga os impostos.         
             Porque não começar  valorizando o professor pelos cursos de licenciatura e exigir que a competência seja estabelecida elaborando a oferta de auxílios  ao estudante como: moradia, transporte, verba para livros, gastos pessoais, etc.? Além de medidas moralizadoras, urge ainda a tomada de decisão visando reduzir de modo impactante o número desses políticos cuja ocupação não tem exigido preparação e/ou a qualidade específica para a execução das funções estabelecidas.

Referência

1 - http://acritica.uol.com.br/manaus/manaus-amazonas-amazonia-Deputados-federais-Brasil-beneficios-salarios-camara-politica-salarios_0_890910915.html

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