quinta-feira, 29 de agosto de 2013

A QUALIDADE NA UNIVERSIDADE FEDERAL I



i.                  Privatização do ensino

         As IFES (Instituições Federais de Ensino Superior) são criticadas freqüentemente, na mídia escrita e falada, no que se refere a vários aspectos de seu funcionamento. Alegam, por exemplo, que os mais favorecidos deveriam pagar mensalidades escolares visando arrecadar fundos para os mais pobres e com dificuldades de manutenção no curso. A verba seria utilizada também para outras despesas  de custeio e/ou investimento.

ii. Bitributação

         Acredita-se que a adoção de posição contrária a essa proposta seria mais adequada. Não porque a Universidade Federal funciona às mil maravilhas! Mas porque existe no país uma  Carta Magna que exige, felizmente, oferta dos serviços sociais básicos como saúde e educação, gratuitamente, a partir de recursos do erário público. Criar um imposto para a classe mais abastada é exigir o pagamento injusto de bi-tributação.

iii. Assistência estudantil

          O estatuto da IFES reza que a sua função é desenvolver o ensino a pesquisa e a extensão. A assistência estudantil não é ali mencionada. Como não dispõem desses programas, as universidades improvisam um fundo proveniente do pagamento de taxas diversas. A sugestão mais apropriada seria criar nas secretarias de educação, um sistema de assistência estudantil onde o aluno interessado possa solicitar apoio.

iv. Banalização das IFES

         Outra crítica comum se refere à banalização da IFES. A elevação do número de matrículas, funcionários e docentes, promoveu dificuldades de infra-estrutura. Apesar da massificação, não há vagas nos cursos de maior demanda. Os demais cursos mostram concorrência no vestibular, entretanto, quando se forma, não há vagas no mercado. A comunidade seria beneficiada se houvesse alteração do acesso a IFES.

v. Mudança de objetivos

         O aumento do corpo discente provocou mudança dos objetivos da escola federal. A partir de uma pequena mata, a Universidade Federal vem se transformando em uma Floresta Amazônica. A popularização produziu certa perda do perfil de professores e dos profissionais a serem formados1. Nesse caso urge destinar a ela os recursos suficientes para a manutenção da qualidade imprescindível ao trabalho acadêmico.

vi. Saber x classe rica

         Para dar “conta do recado”, observam-se docentes ofertando  disciplinas diferentes, ao invés de se dedicar àquela de sua especialização. Houve, no entanto, uma vantagem a ser mencionada. Considerando a modificação de hoje em dia em que se pretende matricular todo jovem  no curso de graduação, o saber deixou razoavelmente, de estar ligado somente ao poder de classes ricas, promovendo melhoria na comunidade.


vii. Salário baixo do professor

         A banalização da Universidade Federal pública e laica que de inovadora  de conhecimentos, se transformou em  formadora de mão de obra, desvalorizou os  bacharéis e licenciados.  O docente de ensino superior não é também respeitado nem mesmo quanto a remuneração  que recebe, apesar dos discursos políticos em contrário. A vulgarização coloca em dúvida a missão das IFES de ensinar  a meritocracia.

Referencia
 http://www.fade.up.pt/rpcd/_arquivo/artigos_soltos/vol. 1_nr.1



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