terça-feira, 7 de janeiro de 2014

REFORMA POLÍTICA PARA A EDUCAÇÃO



Apartidários excluídos

         Houve na política do Brasil, já de longas datas, uma inclinação para o “aparelhamento” de instituições públicas e também das entidades representativas de classes. Essa tendência forte tornou mínima, a possibilidade daqueles que não são partidários, de serem indicado e assumirem um cargo na gestão administrativa.  O pessoal não filiado foi excluído. Em decorrência, perdem-se potencial rico, muitas vezes adquirido através de estudo, trabalho e experiência.

Educação ruim

         Por isso mesmo, pode-se entender porque o país chega a ser um dos mais improdutivos do mundo. Aí está uma das razões. A demagogia de políticos. Isso acarreta também a situação ruim na educação e saúde pública, no que se refere a qualidade, por exemplo. Imagine, quem já não ouviu falar do chavão antigo, de que o país somente começa a trabalhar  após o carnaval. São quantos feriados durante o ano? E a copa do mundo em 2014?  Após esse evento, têm-se ainda as eleições!

Nem,  nem e nem

         Sem terra, sem teto, sem mata, sem educação, etc. A política que não envolve no grupo gestor, os apartidários, na realidade também conduz à essa quantidade significativa dos nem isso e nem aquilo (NEM, NEM e NEM).  Os procedimentos costumeiros de distribuir os mais diversos cargos administrativos, conforme os interesses políticos do grupo eleito, fomentam o clima prejudicial à maioria. O “jeitinho”  usual no Brasil,  precisa ou não ser atenuado? 

Discriminação

         Discrimina-se conforme a idade. O aposentado é deixado de lado. Discrimina-se conforme a política. Se houver comentário contrário as ações, i.e., se não há alinhamento, as oportunidades de realizações são mínimas. Ao invés de enfrentar as questões de frente, criam-se cotas para negros, pardos, etc., adiando a solução. A renovação na política pode beneficiar a população  em primeiro lugar. Os interesse menores, pessoais ou de grupo, seriam  colocados em segundo plano.

Decisões sem consulta

         Os governos conduzem comumente as decisões que afetam a sociedade sem consultá-la. Não há participação dos  envolvidos. Para assumir cargos na administração, são convidados, em grande parte os vereadores, deputados e aqueles já nomeados em alguma função de representação. A competência  que é não ativista obtém alguma chance? E com isso tudo como se desenvolve à tempos atrás, a qualidade da educação, saúde, transporte, segurança, etc.?

Vida acadêmica

         Foi-se o tempo em que as reformas de modo geral serviam para elevar a qualidade do serviço. São/foram utilizadas para acordos os mais variados. Usam-nas comumente para obtenção de  apoio político econômico. Durante nossa vida de professor universitário participamos durante quinze anos dos trabalhos de ensino, pesquisa, extensão e administração. Vários projetos propostos foram realizados e outros tantos não se conseguiram o apoio necessário.

Convite para inauguração

         Dias atrás fui convidado para participar da formação de uma mesa de inauguração de um Laboratório de Análises Clínicas pertencente ao Curso de Biomedicina da Universidade Federal de Goiás. Essa proposta surgiu em um mandato eletivo de 1994 a 1998. Na época, a idéia nova não logrou êxito.  O contingenciamento de verba afetava a Universidade. Após o Ato Oficial visitei o Laboratório que se pretendia ser em épocas remotas, auto-sustentável. Entendi que o “pedido saiu melhor que a  nossa encomenda”.

Atendimento da comunidade

         Nesse mesmo dia, inaugurou-se também outra dependência da Universidade, fruto de nossos projetos na Administração de tempos idos. Tratou-se dessa vez da sede própria de um herbário, com mais de setenta mil plantas da região, estudadas e armazenadas para consultas.  Parabenizamos todos aqueles que encamparam nossas idéias antigas. Trata-se de dois empreendimentos de grande relevância social. Aí está um exemplo de colocar o interesse da comunidade em primeiro lugar. 

Satisfação e agradecimentos

         Fiquei satisfeito e agradecido naquele dia porque tive a oportunidade de observar dois de nossos sonhos realizados. Fiquei contente  ao visitar o Campus II da UFG. Encontrei alguns colegas prezados, recordei de outros  projetos que foram também executados: As calçadas com iluminação e cobertura. Essa sugestão se originou em decorrência do Curso Noturno em Ciências Biológicas, criado em nosso período. Os elevadores em cada um dos quatro prédios.  Atenderam a Lei para portadores de necessidades especiais

Fazer mais e mais

         Conforme tenho notícias, vários outros intentos foram desenvolvidos posteriormente. Lembrando de tudo isso e provocado pelo convite de inauguração, pode-se afirmar que valeu a pena! Valeu a pena cumprir a função de professor.  Jogar a semente e abrir caminho para a comunidade progredir. Valeu a pena passar noites mal dormidas. As despesas das viagens com recursos próprios. Sofrer as ansiedades e passar pelas dores  de se conseguir  espaço para fazer mais e mais.

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