quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

UM POUCO E HISTÓRIA (III)

Éramos Presidente do Colegiado dos Cursos de Ciências Biológicas da Universidade Federal de Goiás e sabíamos da falta de professores qualificados em química, biologia, matemática e física. Visando contribuir com o assunto, propusemos a criação do curso noturno de Licenciatura em Ciências Biológicas. O Instituto não apresentava infra-estrutura adequada para tal. Faltavam praticamente tudo.  Na época, fomos convidados a participar de uma reunião com o Ministro da Educação, em Curitiba, que garantiu o financiamento  do projeto, no Seminário Nacional sobre Cursos Noturnos.                  Remetemos o plano do Curso ao MEC com o pedido para as instalações  necessárias. Aguardamos longo tempo pela resposta e fomos cientificados que se esperava o Parecer do Congresso Nacional. Com o passar do tempo e não obtendo nenhum posicionamento de Brasília, solicitamos apoio à reitoria que declinando positivamente, prometeu conceder as condições mínimas  de instalação.                                                                                                 Oficialmente, era preciso a concordância dos quatro Departamentos que constituíam o Instituto e não contávamos com esse apoio. Em face da dificuldade, promovemos reuniões com os docentes favoráveis ao projeto e solicitamos os pareceres escritos no processo. A seguir, o Conselho Superior apreciou e aprovou a iniciativa, publicando o Edital do vestibular.        Enfrentamos muitas intempéries para a instalação de cada série do Curso. Ao longo do tempo, obtivemos  melhorias  significativas como a iluminação no Campus entre os prédios, na estrada que conduz ao local e no  estacionamento. Seguranças, equipamentos, materiais, vagas para docentes e funcionários, etc. No início, por exemplo, alunos e docentes precisavam, por vezes,  acender velas ou lanternas no Campus. No entanto, avaliamos que o curso representou uma conquista. Oferecemos oportunidade de melhoria à população, principalmente, ao aluno que necessita trabalhar para estudar. Prevaleceu dessa vez, o interesse maior em detrimento dos interesses menores, individuais ou de grupos.
         Na época que iniciávamos nossa carreira no magistério superior federal, possuíamos preparação técnico-científica para elaborar, executar e coordenar projetos de pesquisa. Naquela época, não possuíamos infra-estrutura adequada e tampouco a existência do clima necessário  ao trabalho de pesquisa. A atividade mais intensa dizia respeito às aulas da disciplina de fisiologia humana básica que oferecíamos para os cursos da área da saúde.                                                                           Olvidando críticas e opiniões desfavoráveis e em termos de pesquisa, iniciamos a elaboração de projetos que foram apresentados às instituições de financiamento. Para surpresa geral, essas instituições aprovaram os pedidos de auxílio e enviavam senão totalmente, pelo menos parcialmente, os recursos para aquisição de equipamentos, vidrarias e demais materiais. Contamos inclusive com verbas para instalação e preparação laboratorial.                                                                                  Como trabalhamos em região predominantemente agropecuária, decidimos desenvolver projetos de pesquisa de utilidade  prática, relacionados à qualidade do leite bovino, caprino e bubalino. A princípio os projetos eram de pequeno porte, mas fomos crescendo e chegamos a desenvolver pesquisas de médio porte. Obtivemos bolsa de pesquisador para docentes, de iniciação cientifica para estagiários, de aperfeiçoamento para formados, de monitoria  para alunos e contribuímos para a criação do curso de Pós-Graduação Mestrado em Ciências Biológicas, orientando duas dissertações.                        Esse Curso deu origem ao Doutorado onde  participamos também, do processo inicial de criação, já nessa altura, como Diretor do Instituto. Entre livros, resumos em Congressos e trabalhos divulgados em revista especializada, houve cerca de setenta publicações.

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