quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

UM POUCO E HISTÓRIA (IV)

Através do sufrágio eleitoral de servidores, alunos e docentes do Instituto de Ciências Biológicas da Universidade Federal de Goiás, fomos eleitos para assumir o cargo de diretor. O mandato de quatro anos ampliava as possibilidades de realização, facilitando o desencadeamento de ações relativas ao ensino, pesquisa e extensão.                                                                   
 A comunidade solicitava freqüentemente a melhoria do sistema de iluminação do Campus no período noturno devido, principalmente, ao recém-criado curso de licenciatura em Ciências Biológicas. Ansiavam por mais segurança no local de estudos. Elaboramos em conseqüência, um projeto de construção de calçadas (passarelas) que apresentavam cobertura e iluminação no teto. Entretanto, era uma época em que o governo não disponibilizava recursos suficientes e o processo teve a sua  tramitação interrompida.                                                           
O Curso noturno inspirou ainda vários projetos importantes para o desenvolvimento das atividades acadêmicas. Citamos, por exemplo, a contribuição do governo estadual, juntamente com a reitoria, que permitiu a iluminação de um trecho da estrada de acesso a Universidade e também no interior do Campus.                         
Na época de promulgação da Lei que exigiu nos prédios públicos,  a facilitação do acesso ao deficiente físico, propusemos  o plano  para  a instalação de elevadores nos quatro grandes prédios da Unidade. Também nesse caso, não houve disponibilização de verba. No entanto, como na democracia não se decide segundo as maiorias de ocasião e nem as minorias influentes, conseguimos atingir algumas metas. Citamos por exemplo, a reforma dos quatro anfiteatros onde a inovação ocorreu no estofamento das carteiras. Na mudança do piso, pintura e instalação de microfones, projetores, etc. Esses ambientes eram utilizados também para aulas e fomos criticados no sentido que o montante aplicado  estaria perdida em pouco tempo. Os alunos não acostumados com a renovação danificariam o estofamento. No entanto, esse embaraço  não foi observado  nas avaliações rotineiras levadas a efeito.                               
Uma grande dificuldade que ainda gerava insatisfação era quanto ao espaço físico. A Unidade, maior da Universidade, havia crescido e não possuía espaço suficiente à instalação de salas de estudos e laboratórios de pesquisa e/ou extensão. Não havia nem mesmo espaço para salas de aulas.                                         
 A administração da Universidade ocupava, por mais de vinte anos, todo o segundo andar de dois dos quatro prédios do instituto. Os entendimentos mantidos para solução do assunto fizeram parte dos motivos que resultaram na construção do prédio da reitoria. Como a gestão do espaço físico no interior dos prédios era responsabilidade da diretoria, delegamos competência aos departamentos que decidiram sobre o assunto.             
Quando a administração da Universidade transferiu-se para o prédio próprio, enfrentamos outra questão. Era preciso esclarecer a comunidade sobre a importância de destinar ao  instituto, o espaço correspondente ao segundo andar de dois prédios. As outras Unidades reclamavam igualmente de infra-estrutura deficiente. Através da exposição de motivos que se seguiu, obtivemos o apoio e a confirmação. Teríamos agora que fazer frente à falta de verbas para remodelar a Unidade e modificar todo o funcionamento.                                          
Durante o período de nossa gestão esse foi um dos grandes desafios. Não sabíamos muito bem o que fazer tamanho era o trabalho e a falta de recursos. Labutando incessantemente nesse propósito e ao longo do tempo, conseguimos iniciar e promover a maior transformação em benfeitorias na história do Instituto. Nesse âmbito de trabalho, as realizações são efetivadas em conjunto e contamos para isso com o apoio da maioria do corpo administrativo, docente e discente.

2 comentários:

  1. Este comentário foi removido pelo autor.

    ResponderExcluir
  2. Refletindo nessa parte:

    Citamos por exemplo, a reforma dos quatro anfiteatros onde a inovação ocorreu no estofamento das carteiras. [...] e fomos criticados no sentido que o montante aplicado estaria perdida em pouco tempo. Os alunos não acostumados com a renovação danificariam o estofamento.

    Acho que todos concordam que sem educação não há como se desenvolver um povo, uma nação. E fico me questionando no porquê de, muitas vezes, nós mesmos, tão acostumados ao vício do pensamento coletivo, nos deixamos levar pelo pensamento: o povo não sabe cuidar daquilo que se tem.
    E passamos a achar que não vale a pena investir na própria fonte da educação: a universidade.

    ** É HORA DE RECICLAR PENSAMENTOS. **

    A Universidade de Brasília (UNB) está uma vergonha.

    Gostei muito do texto e parabéns pelas benfeitorias realizadas na UFG.

    ResponderExcluir