sábado, 1 de fevereiro de 2014

REFORMA GLOBAL DA EDUCAÇÃO



i.                     Reforma na educação

                Em vários artigos anteriores desse blog, lembro sobre a importância de reformar a educação. O sistema atual é perdulário. Uma avaliação simples pode constatar a ausência do rendimento escolar. A maioria das colocações desse artigo, foram extraídas da Audiência Pública na Comissão de Infra - estrutura do Congresso Nacional, realizada em agosto de 2013. 

ii.                   Divulgação de Audiência Pública

         Procura-se auxiliar a divulgação dessa Audiência para beneficiar a educação. Há sintonia com os objetivos desse diário que já publicou mais de cento e cinqüenta artigos de opinião, vinculados ao assunto. Espera-se no blog auxiliar um pouquinho, a melhoria do sistema educacional brasileiro, através da reflexão do ensino para o desenvolvimento.

iii.                  Total do investimento

         Os primeiros passos para a reforma geral da educação nos três níveis seria repensá-la completamente, com ousadia. Sem temor da capacitação docente. É vantajoso que os instrumentos novos, auxiliares da aprendizagem, sejam utilizados. O melhor  custo/benefício? 10% do PIB? Deixa isso para depois! Observa-se o que funciona e após pergunta-se o quanto custa.

iv.                 Posição no ranking

         Faltam milhares de professores das diversas disciplinas no país. Além disso, uma maioria trabalha somente 16 horas aulas/semanais. Essa figura chave para a qualidade do magistério é imprescindível ao serviço. Deveria se dedicar a escola pelo menos, 40 horas/semanais. A qualidade, avaliada em 65 países, mostrou que o Brasil ocupa a 53o colocação.

v.                   Carga horária docente

         Um colega que ocupava o cargo de superintendente na Secretaria Estadual de Educação,  informou que a carga horária docente não era cumprida.  Cerca da metade do número de horas  trabalhadas eram desperdiçadas com atrasos relacionados ao inicio da aula e  com o término, mais cedo. Quem está satisfeito com a educação no Brasil?

vi.                 Evitar a educação de massa
  
         Exigir do professor somente a titulação é supervalorizar o título. Torna-se significante medir, sem corporativismo, a capacidade real para ensinar. Hoje em dia não se precisa mais do giz e da lousa. Haverá melhoria com a incorporação das novas tecnologias que evita a educação de massa e possibilita o acompanhamento  do passo próprio de cada aluno.

vii.                Base da qualidade

         O ranking pesquisado em  65 países, mostrou que dos cinco primeiros países da lista, quatro pertencem a Ásia. Um deles é a China que já visitei nas cidades de Shanghai e de Shuzhou. Notam-se diferenças significantes! A ordem necessária para o rendimento apresenta a base fundamental que consiste na disciplina dos corpos discente e docente.

viii.              Modificar o gerenciamento

         Muito evidente se torna que a reforma educacional  implica obrigatoriamente na modificação da gestão administrativa atual. Modificar o sistema que já se procuraram organizar e que não funciona mais. Não é deixar o  assunto somente com o MEC. É sim, discutir com a sociedade que participará  de  todos os aspectos pertinentes.

ix.                 Alterar a legislação

         Algumas normas em vigor dificultam a oferta da qualidade no ensino. Empresas, por exemplo, que pretendem ofertar cursos para qualificação de funcionários acaba sendo tributadas por isso. A escola que recebe uma doação de terreno, por exemplo, precisa pagar os impostos decorrentes do fato. Inclusive, se houver  valores atrasados.

x.                   Modificar o comportamento familiar

         A família precisa de uma campanha de convencimento, em todos os meios possíveis de comunicação, para exigir a qualidade na educação. Porque a sociedade dificilmente participa do ensino escolar? Os políticos possuem parte da responsabilidade. Porque não oferecem respostas aos anseios de melhoria? O  sistema educacional já se encontra em  fase terminal.

xi.                 Direito de aprender

         O governo federal possui dotação orçamentária para solucionar essa questão complexa. Necessita garantir o direito de aprender com equidade de oportunidades. Modificar o país pelo uso da competência de seu povo. Aplicar políticas que investem na formação de professores, sem a modéstia típica  do ensino no país, apesar das melhorias já alcançadas.

xii.                Currículo


         O currículo do ensino médio é vasto. Muito do que é ensinado, não se aproveita na vida fora da escola. Porque não promover a reforma passando também isso. O currículo deve  explicitar os objetivos a serem atingidos. Deve ser aquele aonde o sujeito possa se sair bem na vida. Além disso, o professor não é obrigado a saber tudo das  disciplinas.

xiii.              Reformar para que?

         Reformar o ensino básico, médio e técnico, implica em reformar também o terceiro grau. Como angariar os recursos para essa nova educação? O sistema que está implantado há muito tempo não resolve as carências. Mudar pela educação faz uma diferença enorme no crescimento do país. No mundo tudo muda e urge que a educação também o faça.

xiv.              Produção pouco valorizada

         No crescimento global, não há espaço para incompetências. Deve-se comparar o Brasil com o mundo. Onde está a produção em decorrência da aprendizagem técnica? A Companhia Vale do Rio Doce vende seus produtos muito barato. O Brasil possui grande biodiversidade, no entanto, importa cerca de 90% dos seus fármacos. Devia ser o contrário.

xv.               Valorização da produção

         Os produtos chineses e os provenientes da Coréia do Sul, por exemplo,  são encontrados em todos os lugares do mundo.  Oriundo do Brasil não se encontra nada! Naqueles países nenhum funcionário público pode ganhar  salário maior do que o professor. Há por aqui, 40% de evasão/ano. Ainda há 70% de analfabetismo funcional.

xvi.              Infra- estrutura

         Para ofertar a excelência no serviço, o principal obstáculo está relacionado à infra – estrutura. Em adição, há falta de pessoal qualificado. Somente nos cursos de engenharia, ocorre cerca de 80% de evasão. As falhas de construção em obras públicas produzem prejuízos da ordem de 150 bilhões de reais. O PIB do país aumenta, com o aumento da qualidade na educação.

xvii.            Residência para o professor

         Melhorar somente um pouco não resolve. As soluções para pequenos problemas acontecem e são bastante modestas. Como espalhar os bons exemplos para o país inteiro? Os prefeitos simplesmente não conseguem pagar os melhores. Na Finlândia os melhores alunos são designados para os cursos de formação de professores que possuem três anos de residência.

xviii.           Conclusão

         Concluindo, é necessário primeiro, haver a educação como prioridade. Após, é necessário adotar a decisão de se promover a reforma nos termos citados. Uma vez, avançado nesse sentido, é necessário criar um órgão, ou algo que vá se encarregar das discussões e da elaboração e implantação do projeto nacional. Haverá erros, acertos, correções e por fim a melhoria esperada.

   Ações misturadas

         Portanto, são duas fases no trabalho, diferentes e separadas individualmente. A primeira, dizendo respeito aos motivos que conduzem as modificações. A segunda relaciona-se aos procedimentos que serão assumidos para atingir os objetivos estabelecidos. Observa-se nesse trabalho que ambas as etapas explicadas, dos números i até xviii, encontram-se misturadas.

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