Tomar posse em cargos eletivos implica necessariamente, na elaboração de um plano de ações que modifique para melhor, os procedimentos político-administrativos que já funcionam rotineiramente por longo tempo. Infelizmente não é o que se observa facilmente. Sai um grupo e ingressa outro, de mesma orientação política ou não e a situação ruim permanece. Basta observar superficialmente, a aplicação dos recursos públicos na parte social, i.e, a educação, saúde, segurança e transporte.
Porque não se desenvolve, por exemplo, uma pesquisa para saber se o povo está satisfeito com o atendimento que recebe do SUS? Ou para saber sobre o grau de satisfação com os vestibulares, dos cursos superiores públicos e gratuitos que mostram, já historicamente, mais demanda pela população? A sociedade é prejudicada quando não participa das decisões que emanam dos gabinetes.
Administrar implica na ambição de promover o novo. Escapar de padrões e/ou modelos de funcionamentos anteriores desgastados. Não basta o “arroz com feijão” porque os anseios de melhorias considerando as diferentes demandas são grandes. É muito fácil adotar o equívoco dos conchavos porque mantêm-se uma base de apoio que sustenta a política ideológica. Na avaliação final da gestão administrativa, observa-se que permanece a situação ruim encontrada no início.
As funções dos cargos eletivos são explicitadas pelos estatutos e regimentos, mas a diretriz maior a ser definida, trabalhada e estabelecida pelos novos eleitos deve ser original, no sentido de conduzir a comunidade para a melhoria geral e que é desejado por ela. Realmente, precisa-se persistência e demais qualidades advindas da educação de escol para atingir esse desiderato.
É comum, o partido eleito, aparelhar os cargos com seus filiados, formando o que se conhece como “panelas”. Essas panelas encontram-se distribuídas aqui e alhures e são constituídas pelas indicações políticas e/ou fisiológicas. São elas que estimulam o aparecimento do trabalho de poucos resultados. Isto é, a situação ruim é mantida quando se considera o transporte em geral, as prisões, os hospitais, as escolas, a justiça, que apresentam deficiências as mais diversas. O bem público capenga e não dá mostra de recuperação para a prestação de serviço de qualidade.
A reforma política não atenuaria a tristeza? Não facilitaria a governabilidade sem populismo, barganha de cargos e a suposta concessão de subsídios. Não permitiria escolher e eleger a competência que deve ser estabelecida no mercado?
Artigos de opinião simples e virtuais como esse, não afetam as instâncias de decisão. Para isso, é preciso mobilização de toda a sociedade civil organizada. Nesse caso, a responsabilidade é de todos. É preciso mudanças significativas na educação e nos demais gargalos que são do conhecimento da maioria: reforma tributária, reforma política, etc. Por fim, nota-se que os recursos disponíveis não são investidos no ensino. É esse que forma mão de obra especializada, necessária à agregação de valores, que por sua vez, conduzem os benefícios ao povo.
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