sexta-feira, 31 de agosto de 2012

PREJUÍZOS DA GREVE. COMO DIFICULTAR A DEFLAGRAÇÃO

A greve, i.e., cruzar os braços no serviço acadêmico escolar, como é do conhecimento geral, desencadeia  prejuízos que afetam a comunidade. Há de possuir maiores possibilidades de êxito, se deflagrada com o apoio do corpo discente e dos vários segmentos representativos da sociedade organizada, quando somente houver esgotamento das possibilidades de negociação. Esse procedimento dificulta a distorção promovida por partidarismos que objetivam, dentre outros, fortalecerem partidos e desgastar o governo. No entanto, a greve consiste num direito constitucional que deve ser exercido, em última análise, visando estimular a negociação.                                                    
A recomendação que aqui se encaminha é a inovação, i.e., a criação de algum mecanismo que possibilita a sociedade acompanhar as condições gerais de oferta do ensino dos três níveis, incluindo o plano de cargos e salários, intervindo quando necessário. Visando evitar repetição anual e a banalização desse instrumento legal de pressão, sugere-se a realização de audiências públicas no Congresso com a conseqüente  aprovação de Normas Oficiais  a fim de subsidiar e facilitar o processo de conversação e entendimento entre o governo e  professores.
A greve precariza:
1)     O conceito e a falta de estrutura da escola pública.
2)    O índice de aprovação em universidades públicas e a auto-estima da comunidade.
3)    O número de matrículas, elevando a evasão escolar.
4)     As atividades da rotina diária dos alunos que ficam resumidas a programas de televisão, filmes, internet, etc.
5)     O estudo individual, promovendo opressão.
6)    A conclusão do calendário escolar.
7)     A tramitação  dos processos, interrompendo a formatura.
8)    O espaço de debates na escola.
9)     O atendimento  médico pelos HUs.
10)  Os demais serviços de saúde: farmácia, nutrição biomedicina, enfermagem, odontologia, educação física, psicologia, fisioterapia, veterinária, etc.
11)   A contribuição dos recém-formados  com o desenvolvimento da comunidade.
12)  As necessidades do povo que são desapreciadas.
13)  A recuperação do tempo perdido.
14)  O erário estadual, devido aos projetos de empresas que ofertam os “aulões”, para recuperação dos alunos para o ENEM, sem licitação.
15)  A comunicação, devido à suspensão das atividades de rádios e TVs universitárias.
16)  As chances de emprego dos formandos  e/ou as possibilidades de ingresso em pós-graduação, etc.
17)  Os restaurantes universitários.     



quinta-feira, 23 de agosto de 2012

A Educação no Brasil con tinua ruim

  Porque não se exige professores com mestrado e doutorado nas escolas do governo estadual e municipal? Essa política de qualidade foi implantada somente nas universidades federais, por quê? Será que os docentes mais qualificados não serão encontrados, nesses casos? As escolas particulares de ensino médio cobram valores elevados de mensalidades. Algumas chegam a R$1.600,00 reais mensais. Valor mais alto que algumas faculdades e os docentes não são tão qualificados. O objetivo de boa parte das particulares distorceu! Atualmente, ensinam as dicas que os alunos precisam para aprovação nos vestibulares.                                  
 Essa educação ruim, não se preocupa em ensinar, por exemplo, o trabalho de interpretação de textos. No entanto os estabelecimentos particulares atingem o objetivo! Aprovar no vestibular e também ganhar dinheiro para fortalecer mais e mais escolas dessa estirpe. Pior ainda é que uma proporção significativa de  profissionais, concluem  os cursos superiores cometendo erros primários de português, matemática, ciências, enfim de raciocínio lógico. Daí reclama do mercado de trabalho alegando, a falta de vagas, dentre outras dificuldades.                                                
 Como não existe financiamento federal, estadual e municipal  suficiente para as universidades e escolas de ensino fundamental e médio, abre-se o espaço para o crescimento das empresas educacionais particulares. O povo se quiser que pague! Essa é uma das formas que encontraram para privatizar o ensino. A educação suficiente e de qualidade não é um direito de todos? Não acreditamos que é possível dividir a riqueza? O Brasil chega a ser um dos piores países nesse quesito.                      Com educação não se pode tergiversar! É preciso resolver os problemas reais enfrentando-os de frente. O sistema de avaliação (Ideb) e/ou os números estatísticos enfim, revelam a realidade  escolar?    
É necessário efetuar as despesas relacionadas aos alardes que são observados nos meios de comunicação,  sobre os índices educacionais ,  desse ou aquele estado, principalmente em época de eleição? Por falar em eleição, porque não se exige que os candidatos aos cargos apresentem, pelo menos, um curso  superior de graduação?                           
  A educação por ser tão importante, consiste em um bem público e, portanto deveria ser oferecida em sua maior parte pelo serviço público. Conseguir-se-ia uma melhoria se houvesse menos influencia de políticos na área e mais técnicos educacionais nos diferentes cargos. No Brasil agora virou moda!  Resolve-se a questão usando cotas. Faltaram vagas nas universidades e o Congresso, rapidinho, aprovou a criação de cotas para os egressos do ensino público, negros, etc. Essas cotas raciais e sociais, sem dúvida, elevarão os custos de funcionamento  escolar e a falta de dotação orçamentária  para custear os acréscimos de despesas, evidencia o descaso geral, uma vez mais.                                                                           
Igualmente, faltaram vagas no mercado de trabalho para os portadores de necessidades especiais e criaram as cotas nos concursos para resolver a dificuldade. Qual é a importância de  obrigar o jovem a fazer esse  vestibular sem ofertas de vagas? Facilitar a privatização? Economizar para investir em outros assuntos? Elevar a qualidade? Com esse exame de exclusão, pretendem ou não mascarar algo? Em visita ao Uruguai, pude observar, “in loco”, que naquele país não existe esse sistema cruel de separação de jovens estudantes, através do uso de funil, para ingressar no ensino superior público gratuito. As cotas são justas com os estudantes de escolas particulares? Além de pagar os estudos, terão ainda dificuldades adicionais para disputar as vagas insuficientes! Ocorrem nesse caso as condições legais de isonomia no seio da sociedade?           
   É realmente verdade quando se diz que ninguém sabe o que se pretende e/ou aonde ir quando se considera a educação. Não se sabe  quantos e quais são os profissionais de nível superior e técnico de ensino médio  necessários para o atendimento da política de desenvolvimento do país e das diversas regiões. Ajudaria ou não saber? Existiria ou não uma direção para investimentos? Sabe-se sim, há muito tempo, que faltam professores habilitados em matemática, física, química e biologia. Observem a magnitude do problema social!  Somente no estado de Goiás, existem cerca  07 milhões de analfabetos.
Walmirton