quarta-feira, 24 de abril de 2013

O SIGNIFICADO DE “QUALIDADE DO ENSINO”

        O termo qualidade do ensino apresenta um significado amplo e subjetivo que pode ser usado em diversos sentidos. Essa divulgação procura contribuir explicitando sinteticamente, apenas dez aspectos que se envolvem no assunto. Facilita-se assim o entendimento da acepção das palavras e evita-se a má compreensão do tema.
i. ELEIÇÃO DO DIRETOR.                                                                  
 No artigo “quadro atual da educação no Brasil”, publicado no site: http://walmirton.blogspot.com.br/, reproduziu-se a informação de que 46% dos diretores de escolas são indicados por alguém. A forma de escolha consiste em um equívoco cometido contra a comunidade em geral. Hierarquicamente, pode-se considerar que o diretor é a maior autoridade oficial da escola.                                    
 O diretor, funcionário público representante da comunidade acadêmica, além da responsabilidade de gerir com eficiência a escola diariamente, contribui com a discussão e o encaminhamento de propostas para o crescimento institucional. Recebe e atende ainda toda a comunidade participando do seu desenvolvimento.                 
Na época que seguia a carreira do magistério superior, fui eleito e reeleito, através de votação direta de alunos, professores e funcionários, para ocupar a diretoria de grande Unidade de Ensino vinculada as áreas de Ciências Biológicas e da Saúde de Universidade Federal. Eram freqüentes e inúmeras as dificuldades de toda ordem. É óbvio que a direção exige competência e dedicação do gestor público. Infelizmente naquele tempo, não houve iteração da Unidade com a sociedade. É óbvio que o aproveitamento adequado da administração, precisa do governante que adota a educação como prioridade.
ii.  AUTONOMIA
         A experiência administrativa demonstra que se consegue  resultado melhor na solução dos problemas, se durante o tratamento  das questões, não houver medidas elaboradas de “cima para baixo”. Isto é, um Conselho Diretor constituído por membros da própria comunidade decide e adota os procedimentos visando  encontrar as soluções.
iii. AMBIENTE DE TRABALHO
         A instituição escolar deve construir o seu projeto pedagógico com inclusão das metas a serem atingidas elevando dessa maneira a qualidade do trabalho. O ensino, pesquisa e extensão serão envolvidas com o pessoal da educação em um clima saudável de aprendizagem. É certo que o andamento exemplar das atividades influencia a conduta profissional posterior do aluno.
iv. INTERAÇÃO COM A COMUNIDADE
         Tem-se muito que aprender com esse assunto. A situação atual mostra que a comunidade está afastada da escola e não interage com ela. O procedimento de aproximação seria produtivo se a sociedade colaborasse nas reuniões. Além disso, o ensino e a aprendizagem também podem ser influenciados. O direcionamento relativo dos estudos motiva no sentido de dificultar o distanciamento demasiado do conteúdo programático, daqueles interesses maiores da comunidade, entre os quais, a promoção do bem estar.
v. AVALIAÇÃO DE APRENDIZAGEM
         Na modernidade atual, discute-se o encaminhamento do corpo discente para a série seguinte, sem a avaliação de desempenho. No entanto, recomendam-se aqui os exames de avaliação do rendimento. Existem dados importantes obtidos através de pesquisas, sinalizando favoravelmente nesse sentido. A avaliação demonstra a eficácia da qualidade do ensino e torna-se útil como índice de modificações para aperfeiçoamento.
vi. APOIO PEDAGÓGICO
         Obtém-se elevação da qualidade do ensino se o professor dispuser de apoio pedagógico. Se os dirigentes também acompanharem o desenvolvimento das atividades escolares rotineiras, contribuem adicionalmente com o crescimento das habilidades profissionais.
vii. INFRA-ESTRUTURA ADEQUADA
         Sala de aula limpa e apresentando os requisitos exigidos. Banheiros asseados. Área de leitura. Laboratório de aulas práticas, quadra poliesportiva, área de recreio. Sala de reuniões,  professores, diretoria, almoxarifado e auditório. Móveis e material pedagógico, informatização dos trabalhos, tablets, pessoal de apoio, etc.
viii. SALÁRIO DOS PROFISSIONAIS DO ENSINO
         O estabelecimento de carreira do magistério com piso e teto salarial que dignificam e valorizam a profissão é imprescindível. Esse aspecto torna-se de crucial importância. São inegociáveis. Não se admite que esse assunto esteja envolvido com descasos de qualquer natureza.
ix. TITULAÇÃO DOS SERVIDORES PÚBLICOS                     
 Deve-se exigir do pessoal da educação e também dos professores, a titulação própria que ilustra as atividades de ensino. Requere-se também o plano de carreira que estimula a qualificação e a atualização. Seria prudente e lucrativo, se o plano for elaborado sem conter exigências desnecessárias que promovem o clima de insatisfação.
x. APARELHAMENTO POLÍTICO DAS INSTITUIÇÕES
         x.i. Evitar o clientelismo que dificulta a corrupção, é uma norma da escola de qualidade. x.ii. Primar pela competência do pessoal e não pelo apadrinhamento, consiste em conduta da instituição de escol. x.iii. A primeira regra que demonstra a qualidade do ensino suficiente é não distribuir as instituições escolares públicas e gratuitas, entre os partidários da situação. Evita-se assim a continuidade do funcionamento dessas fabricas de produção da farinha do mesmo saco. x.iv. Na escola de elite os cargos dos dirigentes não viram instrumentos de conchavos e barganhas

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