i.
Privatização do ensino
As
IFES (Instituições Federais de Ensino Superior) são criticadas freqüentemente,
na mídia escrita e falada, no que se refere a vários aspectos de seu
funcionamento. Alegam, por exemplo, que os mais favorecidos deveriam pagar mensalidades
escolares visando arrecadar fundos para os mais pobres e com dificuldades de
manutenção no curso. A verba seria utilizada também para outras despesas de custeio e/ou investimento.
ii.
Bitributação
Acredita-se
que a adoção de posição contrária a essa proposta seria mais adequada. Não
porque a Universidade Federal funciona às mil maravilhas! Mas porque existe no
país uma Carta Magna que exige,
felizmente, oferta dos serviços sociais básicos como saúde e educação,
gratuitamente, a partir de recursos do erário público. Criar um imposto para a classe mais abastada é exigir o pagamento
injusto de bi-tributação.
iii.
Assistência estudantil
O estatuto da IFES reza que a sua função é
desenvolver o ensino a pesquisa e a extensão. A assistência estudantil não é ali
mencionada. Como não dispõem desses programas, as universidades improvisam um
fundo proveniente do pagamento de taxas diversas. A sugestão mais apropriada seria criar nas secretarias de educação,
um sistema de assistência estudantil onde o aluno interessado possa solicitar
apoio.
iv.
Banalização das IFES
Outra
crítica comum se refere à banalização da IFES. A elevação do número de
matrículas, funcionários e docentes, promoveu dificuldades de infra-estrutura.
Apesar da massificação, não há vagas nos cursos de maior demanda. Os demais
cursos mostram concorrência no vestibular, entretanto, quando se forma, não há
vagas no mercado. A comunidade seria
beneficiada se houvesse alteração do acesso a IFES.
v. Mudança
de objetivos
O
aumento do corpo discente provocou mudança dos objetivos da escola federal. A
partir de uma pequena mata, a Universidade Federal vem se transformando em uma Floresta
Amazônica. A popularização produziu certa perda do perfil de professores e dos
profissionais a serem formados1. Nesse caso urge destinar a ela os recursos suficientes para a
manutenção da qualidade imprescindível ao trabalho acadêmico.
vi.
Saber x classe rica
Para
dar “conta do recado”, observam-se docentes ofertando disciplinas diferentes, ao invés de se dedicar
àquela de sua especialização. Houve, no entanto, uma vantagem a ser mencionada.
Considerando a modificação de hoje em dia em que se pretende matricular todo
jovem no curso de graduação, o saber deixou razoavelmente, de estar
ligado somente ao poder de classes ricas, promovendo melhoria na
comunidade.
vii.
Salário baixo do professor
A
banalização da Universidade Federal pública e laica que de inovadora de conhecimentos, se transformou em formadora de mão de obra, desvalorizou os bacharéis e licenciados. O docente de ensino superior não é também respeitado
nem mesmo quanto a remuneração que
recebe, apesar dos discursos políticos em contrário. A vulgarização coloca em dúvida a missão das IFES de ensinar a meritocracia.
Referencia
http://www.fade.up.pt/rpcd/_arquivo/artigos_soltos/vol.
1_nr.1
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