A comunidade vivenciando o regime democrático, espera que o gestor público zele, dentre outras áreas sociais, pela educação nas três dimensões. O político improvisado como administrador, infelizmente, está mais preocupado com a sua imagem e contrata marqueteiros gastando somas elevadas. Encontra-se rodeado por aqueles que cuidam da propaganda.
Ocorre que o trabalho de marqueting, não afeta a qualidade do serviço público. A educação, como se sabe, é solucionada com a valorização significativa do seu agente principal, o professor de qualidade. Os últimos governos destinaram imensas somas de recursos, para assuntos outros que não aqueles esperados pelo contribuinte dos impostos.
Quase nunca a prioridade estabelecida pelo governo coincide com as almejadas pela população. Existe, portanto uma questão séria de representação e de distanciamento entre as instituições e a coletividade. Décadas e décadas se passaram e o serviço ofertado a população, como retorno obrigatório dos elevados tributos, são muitos ruins quanto a qualidade.
Porque tanto tempo para acertar? A exploração de projetos de expansão dessa área ou daquela, que no final acabam mantendo a situação de “pouco efeito,” é perdulária e prejudicial à comunidade. Onde estão os planos que solucionam? Será que o fato ocorre por desinteresse? Incompetência? Pouco trabalho? Falência do Estado?
Infelizmente o poder judiciário permanece também, ao longo de muito tempo, bem afastado da população. Situam-se em um pedestal difícil para o povo alcançar! É Dispendioso e demorado nas decisões. Torna-se complexo porque existem ainda, as mais diversas leis que ora funciona e ora não. Pior ainda, as “brechas” são encontradas pelos “experts” da justiça.
A sociedade se viu de repente, assustada e acuada pela violência. Há milhares de famílias clamando por justiça e segurança. Seria útil se o judiciário pudesse popularizar-se. Luciano Pavarotti com a ópera, elitizada em demasia, misturou o ritmo dos ricos com as canções populares e alcançou o povo. Transformou-se rapidamente em um fenômeno mundial.
Os três poderes aperfeiçoados, objetivando promover a distribuição de renda que permite a igualdade de oportunidades, o professor valorizado, bem como, a abertura suficiente de vagas nos três níveis escolares, contribuirão sobremaneira para a melhoria automática dos demais serviços públicos, cuja oferta é legalmente um dever do Estado.
A política exige cuidados especiais de quem procura adotá-la como meio de trabalho. A estrutura educacional é pré-requisito para a formação da personalidade que conduz aos procedimentos de retidão, competência e honestidade. São essas as virtudes responsáveis por sua vez, pela produtividade que beneficia a todos.
Existiam na Universidade Federal, as divisões em Unidades de Ensino e as subdivisões em Departamentos. O excesso na administração dificultava a gerência global. O Regimento cresceu tanto com as Resoluções que parecia uma árvore de natal. “Bolas coloridas” enfeitavam a escola para todo lado. Duplicavam-se cargos, gastos com salas, materiais, etc.
Decidiu-se reformar o Estatuto e extinguiram-se os Departamentos, mantendo somente as Unidades. Enxugou-se muito a escola e apareceram prédios construídos somente para aulas. Todos usavam! A verba economizada elevou a qualidade do serviço possibilitando efetuar várias realizações que se tornavam urgentes e essenciais.
Em analogia, atualmente, é evidente o desgaste ocorrido no Estado. Visando também atender as reivindicações populares da rua, agindo sem espertezas, na forma de um pacto e acima dos interesses políticos, como estadistas, urge modificar e atualizar o funcionamento geral pelo desencadeamento de um trabalho infatigável de renovação?
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