Nas últimas décadas o Brasil cresceu e se tornou a quinta maior economia do mundo. Para sedimentar esse crescimento e continuar mantendo o desenvolvimento sustentável, é preciso cuidar da educação para melhor distribuição de renda. Várias dificuldades, dentre outras, a serem resolvidas sem camuflagem, são:
1 – Gestão administrativa
O Diretor da escola, instituto ou faculdade não deve ser somente aquele que se candidata em votação. Precisa apresentar alguns requisitos para ser candidato. Experiência de ensino, pesquisa e de trabalho administrativo em outros cargos. Ser portador de pelo menos licenciatura plena de graduação ou curso afim e ser portador do Grau de Pós-Graduação Mestrado. O Diretor terá atividades como implantar e supervisionar os programas extracurriculares e também as tarefas internas dos alunos. Seus deveres incluem, dentre outros: avaliação dos funcionários, gerenciamento do calendário escolar e a supervisão dos recursos (controle de despesas e do patrimônio).
2 – Valorização docente
A valorização implica necessariamente em uma carreira para os três níveis onde se destaca a questão do mérito. Estabelecidos a data base, o piso e o teto, o salário é que seja digno para o bem de todos. Não se considera aqui os aumentos promovidos atualmente, em alguns casos, de até 100% e a remuneração ainda permanecer irrisória. Compare por exemplo, o salário de um professor graduado e de um juiz graduado. Não se entende porque a diferença é tão gritante. Ambos são graduados e apesar de funções diferentes, apresentam a mesma responsabilidade.
3 – Qualificação docente
É do conhecimento de todos que o Estado precisa investir na elaboração de um projeto de qualificação docente para elevar o aprendizado. Premiar a produção através de certificados, incentivos ou bonificações, é procedimento que contribui com o ensino. Nas avaliações internacionais, o país está entre os que mais avançaram em termos de aprendizagem. Mas, encontra-se entre os 20% piores na classificação geral. Aí estão dados que revelam, uma vez mais, a adoção de procedimentos ineficientes que melhoram e não resolvem nada.
4 – Espaço e estrutura física da escola
Sabe-se que diminuir o tamanho das turmas, reduzindo o número de alunos por sala de aula, melhora a aprendizagem. No entanto, adoção dessa política, implica em aumentar o número de salas e de professores. As Secretarias de Educação precisam dispor de recursos para não diminuir a qualidade da oferta do ensino nesse sentido. Infelizmente, a estrutura física de muitas escolas não passa de simples e rústicos galpões onde a carência de quase tudo compromete a relação ensino-aprendizagem.
5 – Pessoal de apoio
São diversos os servidores de apoio ao desenvolvimento pedagógico: o pessoal da limpeza, as merendeiras, os secretários, os bibliotecários, os vigias, etc. O funcionário da área de ensino deve ter a consciência de que é também educador. No trabalho escolar, a educação é responsabilidade de todos. O funcionário deve ainda contribuir para o estabelecimento de metas e aplicação do projeto pedagógico. As opiniões de todos são bem-vindas, principalmente, na área de atuação de cada um. A sugestão de quem está com a mão na massa deve ser ponderada e aproveitada. A escola deve ser um espaço de aperfeiçoamento constante não só para os alunos e professores mas também para todo o pessoal de apoio.
6 – Objetivo da educação
A educação não é um projeto pronto e acabado. Está em constante modificação. Com o advento dos computadores, jogos eletrônicos e celulares inteligentes urgem modificar as práticas educacionais dessas escolas tradicionais que existem nos três níveis de ensino. As mudanças atuais são muitas e ocorrem de forma rápida. Nesse caso, a tecnologia e a alteração da maneira de pensar, colocam em cheque o funcionamento do ensino antigo e velho conhecido. É preciso inovar! Observe que estão insatisfeitos o professor, o estudante e a sociedade através também dos pais dos alunos. Considerando o filósofo Friedritch, Jean Piaget e Freud, pode-se afirmar que a pedagogia é uma ciência sistemática com métodos definidos. Segundo Nietzsche, não há desenvolvimento quando a educação é movida pelo espírito utilitário. Quando há exame obrigatório e exploratório como é o caso do vestibular, por exemplo. Acredita esse pensador, que o homem de curso superior deveria ser responsável pelas principais decisões e estar no poder porque possuidores de valores elevados não se aproveitariam de sua posição.
O funcionamento da escola de hoje em dia, distancia cada vez mais dessa exigência do povo que diz respeito a construção desses valores. Infelizmente, falta interesse político que então mantém essa situação ruim de pressão que conduz a submissão das classes desfavorecidas. Infelizmente, a escola pública e gratuita nos diferentes segmentos de ensino, em grande parte, serve mesmo é ao aparelhamento político. O objetivo geral a ser estabelecido, portanto, é que se adote a forma de ensino que retire o engessamento dos pobres. Que o ciclo vicioso de opressão seja interrompido por desestabilização, através das alterações na escola.