Porque não se exige professores com mestrado e doutorado nas escolas do governo estadual e municipal? Essa política de qualidade foi implantada somente nas universidades federais, por quê? Será que os docentes mais qualificados não serão encontrados, nesses casos? As escolas particulares de ensino médio cobram valores elevados de mensalidades. Algumas chegam a R$1.600,00 reais mensais. Valor mais alto que algumas faculdades e os docentes não são tão qualificados. O objetivo de boa parte das particulares distorceu! Atualmente, ensinam as dicas que os alunos precisam para aprovação nos vestibulares.
Essa educação ruim, não se preocupa em ensinar, por exemplo, o trabalho de interpretação de textos. No entanto os estabelecimentos particulares atingem o objetivo! Aprovar no vestibular e também ganhar dinheiro para fortalecer mais e mais escolas dessa estirpe. Pior ainda é que uma proporção significativa de profissionais, concluem os cursos superiores cometendo erros primários de português, matemática, ciências, enfim de raciocínio lógico. Daí reclama do mercado de trabalho alegando, a falta de vagas, dentre outras dificuldades.
Como não existe financiamento federal, estadual e municipal suficiente para as universidades e escolas de ensino fundamental e médio, abre-se o espaço para o crescimento das empresas educacionais particulares. O povo se quiser que pague! Essa é uma das formas que encontraram para privatizar o ensino. A educação suficiente e de qualidade não é um direito de todos? Não acreditamos que é possível dividir a riqueza? O Brasil chega a ser um dos piores países nesse quesito. Com educação não se pode tergiversar! É preciso resolver os problemas reais enfrentando-os de frente. O sistema de avaliação (Ideb) e/ou os números estatísticos enfim, revelam a realidade escolar?
É necessário efetuar as despesas relacionadas aos alardes que são observados nos meios de comunicação, sobre os índices educacionais , desse ou aquele estado, principalmente em época de eleição? Por falar em eleição, porque não se exige que os candidatos aos cargos apresentem, pelo menos, um curso superior de graduação?
A educação por ser tão importante, consiste em um bem público e, portanto deveria ser oferecida em sua maior parte pelo serviço público. Conseguir-se-ia uma melhoria se houvesse menos influencia de políticos na área e mais técnicos educacionais nos diferentes cargos. No Brasil agora virou moda! Resolve-se a questão usando cotas. Faltaram vagas nas universidades e o Congresso, rapidinho, aprovou a criação de cotas para os egressos do ensino público, negros, etc. Essas cotas raciais e sociais, sem dúvida, elevarão os custos de funcionamento escolar e a falta de dotação orçamentária para custear os acréscimos de despesas, evidencia o descaso geral, uma vez mais.
Igualmente, faltaram vagas no mercado de trabalho para os portadores de necessidades especiais e criaram as cotas nos concursos para resolver a dificuldade. Qual é a importância de obrigar o jovem a fazer esse vestibular sem ofertas de vagas? Facilitar a privatização? Economizar para investir em outros assuntos? Elevar a qualidade? Com esse exame de exclusão, pretendem ou não mascarar algo? Em visita ao Uruguai, pude observar, “in loco”, que naquele país não existe esse sistema cruel de separação de jovens estudantes, através do uso de funil, para ingressar no ensino superior público gratuito. As cotas são justas com os estudantes de escolas particulares? Além de pagar os estudos, terão ainda dificuldades adicionais para disputar as vagas insuficientes! Ocorrem nesse caso as condições legais de isonomia no seio da sociedade?
É realmente verdade quando se diz que ninguém sabe o que se pretende e/ou aonde ir quando se considera a educação. Não se sabe quantos e quais são os profissionais de nível superior e técnico de ensino médio necessários para o atendimento da política de desenvolvimento do país e das diversas regiões. Ajudaria ou não saber? Existiria ou não uma direção para investimentos? Sabe-se sim, há muito tempo, que faltam professores habilitados em matemática, física, química e biologia. Observem a magnitude do problema social! Somente no estado de Goiás, existem cerca 07 milhões de analfabetos.
Walmirton
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