A educação historicamente considerada prioritária pelos políticos, principalmente em época de campanha, encontra-se até os dias de hoje muito ruim em todos os aspectos.
Entre as mil melhores escolas do país, 91% são particulares e 86% dos estudantes encontram-se no ensino público. Que fazer se somente em 2010 cerca de 600 milhões de reais deixaram de ser aplicados na educação sob a responsabilidade estadual e municipal?
A falta de primazia da educação estimula mazelas como escolas sem banheiros, sem professores, sem docentes qualificados, etc. Os sistemas de avaliação como o Saeb, Enem e outros, mostram pouca significância uma vez que essas instituições apresentam tamanhas dificuldades.
A gestão democrática dos estabelecimentos é bastante precária. As orientações sobre o ensino sinalizam para uma educação massificada cuja meta objetiva o retorno econômico dos recursos investidos.
Para o estabelecimento da prioridade na educação é imprescindível adotar pelo menos a seguinte política pública, somente para começar a resolver a questão:
1 investimento de um percentual mínimo de 10% do PIB;
2 Contratação de docentes em dedicação exclusiva;
3 Uma campanha de valorização dos profissionais da educação com reconhecimento social de que consiste no trabalho mais importante que se pode exercer;
4 O objetivo do ensino deve ser o aprendizado e não a aprovação no vestibular;
5 Mudança do padrão de controle do estado garantindo autonomia às escolas;
6 A fiscalização e a cobrança do resultado de qualidade;
7 Integração nacional;
8 Estabelecer metas de curto e longo prazo;
9 Capacitação docente;
10 Capacitação dos gestores.
Quando ocorre a coligação partidária, os políticos se tornam consensuais sobre os diversos assuntos, em detrimento do exercício da democracia que consiste no debate de idéias. Dessa forma, todos ficam prejudicados e a educação permanece sem alternativa de melhoria
O estado de desleixo que se encontra a escola é antigo. Será que existe mesmo o princípio norteador geral e infeliz onde o município e o estado investem certo valor mínimo que depende das possibilidades de recursos?
Bibliografia:
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-40141991000300002