JÁ FOI PESQUISADO E DITO QUE:
i. os problemas principais da educação são a má qualidade das escolas e a repetência;
ii. os financiamentos das escolas dependem do número de alunos matriculados e que as estatísticas nunca batem com a realidade;
iii. 10% dos alunos matriculados no curso superior encontram-se entre 18 a 24 anos. Cerca de 50% está com mais de 25 anos;
iv. a má qualidade da educação afeta principalmente as crianças de famílias mais pobres;
v. em todo o mundo, separar o ensino médio em cursos acadêmicos e técnicos traz dificuldades de difícil solução;
vi. existe diferença de reconhecimento e prestígio. Os pobres vão para os cursos técnicos e os mais ricos para as universidades;
vii. muitos professores não apresentam condições para oferecer educação de qualidade nas escolas onde a carência é maior;
viii. as dificuldades do ensino fundamental e médio afetam o número de matrículas do ensino superior;
ix. o Brasil criou uma universidade reduzida e bastante elitista, comparada com países de mesmo nível de renda;
x. a universidade federal, pesada, possui um sistema único de organização que não se implantou plenamente;
xi. o ensino superior federal oferece poucas instituições e poucos cursos excelentes, onde o ingresso é difícil e injusto;
xii. as universidades são dispendiosas e abriram espaço para as particulares, de qualidade dúbia, que já abrigam 70% dos alunos;
xiii. a pós-graduação mostra qualidade. Entretanto, não atende a demanda e confirma o elitismo da educação no país;
xiv. o governo deve apoiar a educação de qualidade nos seus três níveis de ensino, oferecendo também, condições de subsistência;
xv. é preciso definir as prioridades que resolva a questão da educação. Qual é o valor da educação para a vida?
xvi. as diferenças daqueles com mais educação se transformaram em hierarquias de prestígio, benefícios e mais oportunidades;
xvii. as Ciências Naturais criaram seus cursos e o curso de formação do professor, sem prestígio, é/foi considerado o patinho feio;
xviii. a Licenciatura atrai alunos mais pobres. São aqueles que não conseguem entrar nas áreas mais concorridas;
xix. a formação do professor ficou isolada na universidade sem programas sólidos de pós-graduação e pesquisa;
xx. o professor organizou sindicatos. A política deixou pouco espaço e interesse para melhoria dos assuntos educacionais;
xxi. Não haverá melhorias significativas no ensino, sem a participação de todos da comunidade;
xxii. sem envolvimento das comunidades que constituem a área do ensino, é difícil desenvolver a educação de qualidade;
xxiii. o dinheiro do povo é gasto com programas que tentam resolver um assunto ou outro e no final, a educação permanece ruim;
xxiv. o custo das universidades se deve mais aos salários, a previdência, aposentadoria e a manutenção dos hospitais;
xxv. o ensino privado é melhor do que o público. Os melhores se encontram nos estados de SP, SC e RS;
xxvi. o pior do ensino fundamental são as escolas rurais com poucos recursos e que somam cerca de 5,5 milhões de matrículas;
xxvii. O Brasil apresenta um dos maiores índices de desigualdade do mundo. Esse fato relaciona com a qualidade da educação;
xxviii. O acesso facilitado (cotas raciais) ao ensino superior, não acaba com a desigualdade, devido às diferenças de renda e de cultura;
xxix. A desigualdade na educação deve ser reduzida por políticas de capacitação das escolas visando atender o pessoal mais pobre;
xxx. O “bolsa-escola”, e o “bolsa-família”, possuem pequeno efeito. A maioria das crianças vai para as escolas com ou sem bolsa;
Os conhecimentos adquiridos acima precisam ser do conhecimento de todos e mais importante, incorporadas as políticas governamentais. O governo é que possui os recursos econômicos. É ele que tem a missão de coordenar os trabalhos. É o poder público que deve conjugar os esforços necessários para ofertar a tão pretendida educação de qualidade.
Referência:
http://www.schwartzman.org.br/simon/desafios/1desafios.pdf