sábado, 31 de agosto de 2013

A QUALIDADE NA UNIVERSIDADE FEDERAL II



i.                  Diminuição da relevância
                                     
         O trabalho de pesquisa, bem como, a divulgação dos resultados, já não é tarefa exclusiva da Universidade Federal. As entidades particulares e a mídia eletrônica conseguem também realizar esses serviços e até evoluem mais rapidamente. Essa forte concorrência diminuiu a relevância da IFES. A valorização docente adequada dificultará  as particulares de possuírem melhores docentes  ensinando para alunos menos preparados.

ii.              Reforma de grade curricular

         Ao exercer as funções de Coordenador de três Cursos de Graduação em Ciências Biológicas, ofertados pelo Instituto Federal de Ciências Biológicas, presidi uma Comissão de  Reforma  Curricular que vigorava defasada, à mais de vinte anos. Esse trabalho enfatizou a formação básica e a participação de todos os envolvidos.  A especialização pode desatualizar  mais facilmente, face as mudanças freqüentes  na  sociedade.
        
iii.           Bases da reforma

          Os encaminhamentos durante a reforma foram:  redução de aulas teóricas e investimento em novas tecnologias. Recomendou-se: ênfase nas aulas práticas laboratoriais e de campo que contribuem inclusive com o espaço físico interno. A grade não se atrelaria ao mercado de trabalho, mas também não ignoraria a realidade da comunidade. Havia a noção de a escola pública  ser vinculada a localidade onde se insere.

iv.               Pós-graduação

         A Pós-graduação (PG) instalou-se definitivamente como um objetivo da IFES. Exigiu boa parte da carga horária de ensino  que por sua vez, deve ser reconhecida. A orientação e a coordenação de pesquisa são tarefas que também requisitam consideração. Devido à relevância sobre a atualização de conhecimento, a PG não pode mais ser destinada  somente para a elite. “Aprender e aprender, para ganhar e ganhar” (Martin  Luther King).

v.                 Dados estatísticos

        O formando reclama de falta de vagas no mercado. Sugere-se que a IFES contribua preparando um banco de dados dos alunos matriculados, egressos e da evasão escolar. O conhecimento da realidade  após o curso auxilia a promoção de ajustes. A Universidade nos USA, onde participei, apresentava um desses bancos. Apoiavam inclusive na contratação dos graduandos auxiliando com lista de vagas em empresas diversas.

vi.              Curso x comunidade

         Nas inúmeras reuniões acadêmicas que participava, discutia-se a interação da Universidade versus sociedade. Qual é a compreensão sobre o mercado de trabalho? Não se pode funcionar somente intramuros! Que contatos existem com o mercado local, nacional, etc.? A IFES deve acompanhar as mudanças da sociedade, mas se constituir também em um agente dessas alterações1. Porque não criar uma feira das profissões?

vii.      Nada resolvem

         A exploração excessiva de programas de baixa monta pelos órgãos governamentais, melhoram e não resolvem, é uma mera rotineira. Foi divulgado pelo MEC que as vagas de  cursos como  Química e Biologia, serão destinadas somente aos egressos de escola pública. A educação necessita é de investimento maciço,  aproveitando o potencial popular interessado e abrindo vagas suficientes para atender a demanda.

Referencias
1- http://www.fade.up.pt/rpcd/_arquivo/artigos_soltos/vol.1_nr.1/05.pdf

quinta-feira, 29 de agosto de 2013

A QUALIDADE NA UNIVERSIDADE FEDERAL I



i.                  Privatização do ensino

         As IFES (Instituições Federais de Ensino Superior) são criticadas freqüentemente, na mídia escrita e falada, no que se refere a vários aspectos de seu funcionamento. Alegam, por exemplo, que os mais favorecidos deveriam pagar mensalidades escolares visando arrecadar fundos para os mais pobres e com dificuldades de manutenção no curso. A verba seria utilizada também para outras despesas  de custeio e/ou investimento.

ii. Bitributação

         Acredita-se que a adoção de posição contrária a essa proposta seria mais adequada. Não porque a Universidade Federal funciona às mil maravilhas! Mas porque existe no país uma  Carta Magna que exige, felizmente, oferta dos serviços sociais básicos como saúde e educação, gratuitamente, a partir de recursos do erário público. Criar um imposto para a classe mais abastada é exigir o pagamento injusto de bi-tributação.

iii. Assistência estudantil

          O estatuto da IFES reza que a sua função é desenvolver o ensino a pesquisa e a extensão. A assistência estudantil não é ali mencionada. Como não dispõem desses programas, as universidades improvisam um fundo proveniente do pagamento de taxas diversas. A sugestão mais apropriada seria criar nas secretarias de educação, um sistema de assistência estudantil onde o aluno interessado possa solicitar apoio.

iv. Banalização das IFES

         Outra crítica comum se refere à banalização da IFES. A elevação do número de matrículas, funcionários e docentes, promoveu dificuldades de infra-estrutura. Apesar da massificação, não há vagas nos cursos de maior demanda. Os demais cursos mostram concorrência no vestibular, entretanto, quando se forma, não há vagas no mercado. A comunidade seria beneficiada se houvesse alteração do acesso a IFES.

v. Mudança de objetivos

         O aumento do corpo discente provocou mudança dos objetivos da escola federal. A partir de uma pequena mata, a Universidade Federal vem se transformando em uma Floresta Amazônica. A popularização produziu certa perda do perfil de professores e dos profissionais a serem formados1. Nesse caso urge destinar a ela os recursos suficientes para a manutenção da qualidade imprescindível ao trabalho acadêmico.

vi. Saber x classe rica

         Para dar “conta do recado”, observam-se docentes ofertando  disciplinas diferentes, ao invés de se dedicar àquela de sua especialização. Houve, no entanto, uma vantagem a ser mencionada. Considerando a modificação de hoje em dia em que se pretende matricular todo jovem  no curso de graduação, o saber deixou razoavelmente, de estar ligado somente ao poder de classes ricas, promovendo melhoria na comunidade.


vii. Salário baixo do professor

         A banalização da Universidade Federal pública e laica que de inovadora  de conhecimentos, se transformou em  formadora de mão de obra, desvalorizou os  bacharéis e licenciados.  O docente de ensino superior não é também respeitado nem mesmo quanto a remuneração  que recebe, apesar dos discursos políticos em contrário. A vulgarização coloca em dúvida a missão das IFES de ensinar  a meritocracia.

Referencia
 http://www.fade.up.pt/rpcd/_arquivo/artigos_soltos/vol. 1_nr.1



terça-feira, 27 de agosto de 2013

EXPLORAÇÃO POLÍTICA DE EVENTOS NAS INSTITUIÇÕES



Exploração de eventos      

         A participação em eventos promovidos nas Instituições públicas e privadas revela inconvenientes relacionados ao aproveitamento da reunião para uso de proselitismo político.  Alguns candidatos ou até mesmo gestores administrativos constituintes de grupos, alas ou partidos, constrangem  efetuando discursos ou então chamando atenção de alguma forma para os interesses ideológicos do grupo.

Exploração de boa fé

         A exploração da boa fé dos participantes de festas, homenagens, Colação de Grau, comemorações, lançamentos de livros, revistas, encontros, etc, de entidades governamentais ou não, é freqüente e pode mesmo apresentar um viés que mascara o propósito de angariar simpatia para a causa. Uma autoridade administrativa estimula a “rasgação de seda” à outra, abrindo então um parêntese dentro dos objetivos maiores da reunião.

Hegemonia

         Geralmente, palestrantes ou não, evidenciam através da cerimônia um viés de interesses variados. Na procura de votos, aproveitam qualquer oportunidade tornando-se  inoportunos e constrangedores. Uma vez assumindo o cargo almejado, inibem a diversidade, dificultando aqueles pertencentes a outras correntes de pensamento e também a melhoria institucional pela homogeneização das ações.

Ideologia com recurso alheio

         Certa vez em uma comemoração no dia dos professores,  observava-se os candidatos visitando um sem número de mesas onde se encontravam  os docentes e familiares. Notava-se que não participavam da festa, estavam preocupados em cumprimentar a todos, rigorosamente, na matreira política do  “pé de ouvido” e do “tapinha nas costas.“  Montavam  ali um palco de proselitismos ideológicos, com o recurso alheio.

Royalties do petróleo

         Dias atrás um candidato ao proferir discurso, contava vantagens sobre a recente aprovação dos royalties do petróleo para a educação. Falava somente das melhorias já realizadas e a serem ainda executadas com os bilhões coletados. Segundo o consultor técnico do Congresso Nacional1, essa verba destinada a educação, não cobrirá nem sequer as despesas do PNE que tramita naquela casa.

Comentar somente  melhorias

         Não comentou as greves de docentes e nem a espantosa reivindicação  dos docentes em Porto Alegre, solicitando um piso de hum mil e pouco reais. “O valor a ser auferido do petróleo não atingirá os 10% do PIB previsto no PNE1”. O Brasil investe na área, hoje em dia, cerca de 5% do PIB. Os royalties devem adicionar de 1 a 1,5% do PIB, em dez anos. Esses valores garantiriam cerca de 6% mantidos o orçamento atual.

Distribuição de brinquedos

         Decidi auxiliar a entrega de presentes no dia das crianças. Compareci a sede dos financiadores a fim de coletar alguns pacotes e os transportar até uma igreja para a distribuição. O evento de entrega das caixas atrasou cerca de duas horas porque o candidato entre eles não chegava. Os discursos de troca de elogios se sucederam de forma aborrecida. Finalmente, consegui conduzir poucas caixas com brinquedos de baixa qualidade. Não terão o meu voto!

Referencias;
1-      http://noticias.terra.com.br/educacao/consultor-royalties-sao-insuficientes-para-10-do-pib-na-educacao.

sexta-feira, 23 de agosto de 2013

SEM EDUCAÇÃO NÃO HÁ FISCALIZAÇÃO

SEM EDUCAÇÃO NÃO HÁ FISCALIZAÇÃO

Indicação política

         Recentemente no Congresso Nacional, procurou-se modificar a estrutura da Advocacia Geral da União (AGU), empossando-se nos diferentes cargos, empregados comissionados em substituição  aos funcionários definitivos de carreira. Houve ainda pedido de deputado, para criar mais impostos extraídos de empresários, visando solucionar as diversas questões que dificultam a administração geral.

Despesas incompatíveis

         Muito evidente se torna o enfraquecimento da AGU se a proposição fosse adotada. O sistema de fiscalização necessita de medidas que possam aperfeiçoá-lo e fortalecê-lo. Urge o acompanhamento onde existe o gasto de verba pública. Ao se considerar somente a área educacional, o FUNDEB (Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica) mais de 70% dos municípios apresentou despesas incompatíveis1.
Não há educação

         A maioria do pessoal que participa dos Conselhos de fiscalização, de modo em geral, não possui nenhuma preparação anterior para o exercício da função. Em várias instituições governamentais ou particulares, observa-se que o Conselho é indicado por aqueles que serão fiscalizados. É óbvio que os membros que irão conferir as contas devem ser independentes se pretendem gerar alguma credibilidade.

Controle do TCU

         O controle de gastos feito pelo Tribunal de Contas da União, em conseqüência das deficiências estruturais, não é suficiente. Apresenta resultados atrasados, muitos anos após o fato. Dessa forma, alastra o sentimento de impunidade porque a execução dos resultados da  auditoria, não ocorre no momento adequado. Porque o deputado não contribui para o trabalho a fiscalização? Não é também uma de suas funções.


Zelo com o investimento

         Ao elevar a eficiência da auditoria, haverá lucro significativo de recursos a serem alocadas às áreas sociais clamadas pela população em diversas manifestações de rua pedindo serviços de excelência. Será que a maioria das prefeituras é inadimplente? E o que dizer sobre os estádios de futebol?  Não é preciso criar mais impostos e sim apresentar mais vigilância nas  despesas de órgãos  públicos e privados.

Benefícios políticos - econômicos

         É fácil polemicar com investimentos públicos visando angariar benefícios políticos e econômicos. Trinta e oito bilhões para pagar o trem bala ou o trabalho de saneamento básico?  Segundo o Ministério das Cidades, cerca de 70% das residências no país, não possuem água encanada e esgoto. Porque a Lei de Responsabilidade Fiscal está rateando?  O governo e o BNDES   discordam do controle da contabilidade entre ambos.

Controle de ações
         As diretrizes políticas no país possuem a obrigação de sintonizar com as aspirações populares. Criar mecanismos que possibilite maior participação do povo e dessa vez finalmente, promover também o controle das ações dos três poderes. Que atuem para a comunidade acima de tudo, facilitando o surgimento de características da sociedade brasileira como: competência, comportamento ilibado, etc.
Referencias
1-http://www.macaubasonoff.com.br/2013/08/fundeb-em-auditoria-por-amostragem.html

sábado, 17 de agosto de 2013

INVESTIMENTOS SEM A EDUCAÇÃO



Festança

         Foi publicado no Jornal “O popular,” de 14/08/2013, na cidade de Goiânia, o corte de verba oriunda do cofre estadual, no valor de setecentos e oitenta mil reais, para pagamento de festas, encomendadas pela empresa estatal de tratamento de águas que seriam realizadas no interior do Estado. A festança para comemorar a inauguração de estações, com recursos públicos, levaria uma vez mais, a situação de circo para o povo.  

Planejamento

         Essa ação política e outras como alardear a construção de melhorias, inaugurar a pedra fundamental e abandonar o projeto, etc. são fatos que não contribuem com a comunidade.  Nas diversas atividades, devem-se planejar os objetivos do trabalho, em primeiro lugar. A seguir, escolher o caminho mais curto pode não ser aconselhável. A trilha a ser percorrida há de ser aquela que pareça despertar a certeza de se atingir a meta.

Área social

         As metas a serem atingidas com o gasto da coisa pública devem corresponder às necessidades básicas da área social, como: saúde, educação, transporte, segurança, etc. cuja qualidade atual de oferta deixa a desejar. Nem mesmo se houvesse bons serviços, não se justificaria a polemica despesa pública com a oferta de pão e festas. A sociedade, hoje em dia, situar-se-ia em outro patamar com a adoção dessa política.

Nem educação de má qualidade

         Há milhares de pessoas sem sequer educação de má qualidade. São planos mirabolantes que despendem milhões e milhões: propagandas, copa, olimpíada, superfaturamento, falta de avaliação rigorosa dos projetos, etc. Esse artigo não é de oposição política a quem quer seja. É sim para contribuir com a reflexão visando a melhoria de vida dos menos favorecidos, ou não ( os analfabetos são cerca de 60 milhões).

Usina de Itaipu

         Quando visitei as cataratas em foz do Iguaçu, conheci a usina de Itaipu, uma das maiores no mundo. A represa é tão extensa que não se enxerga aonde termina. Apesar das reparações ecológicas efetuadas, não foi possível realizar a mega-obra sem dano ambiental. Infelizmente, o contrato feito com o Paraguai, promove despesas que afetam os cofres brasileiros, na ordem de milhões de dólares.

Vereadores do interior

         Ao conversar com vereadores de uma cidade do interior,  observei excesso de prosa política. "Esse possui tantos votos", "aquele não ganhará", "o povo dessa vez pretende votar em alguém novo na política." "Não há candidato que concorra com a máquina estatal." Admiram o país! "Há tanto desvios de verba e mesmo assim o Brasil não entra em falência." "Vão trabalhar dessa vez jogando veneno em outra candidatura."