terça-feira, 30 de outubro de 2012

A DESIGUALDADE SOCIAL NO BRASIL


1.   O Brasil possui o pior salário mínimo do mundo.
2.   A diferença do salário médio do melhor estado dos EUA, comparado com o pior, o Alabama, é de oito vezes. A diferença do salário médio do pessoal que mora no lago sul em Brasília, com o pior estado do Brasil, o Piauí, é de dezenove vezes.
3.   A diferença do ganho médio do pessoal do lago sul comparado  com aqueles que moram nas redondezas da estrada estrutural, em Brasília, é cerca de 60 vezes. A desigualdade no Brasil é uma das maiores do mundo. O futebol e o carnaval disfarçam esse abismo que se aprofunda?
4.   São três as causas maiores e antigas citadas para explicar a desigualdade que perdura até hoje: a) a influência ibérica; b) os latifúndios; c) a escravidão.
5.   O sistema político intervém de diversas maneiras.
6.   A maioria dos habitantes recebe educação de baixa qualidade.  Comparáveis aos mais pobres países afro-asiáticos.
7.   Em recente relatório da ONU o Brasil apresenta o terceiro pior índice de desigualdade do mundo.
8.    As causas da disparidade atual: a) falta de acesso a educação de qualidade; b) política fiscal injusta; c) dificuldade de saúde, saneamento e transporte.
9.    58% dos brasileiros MANTÊM o mesmo perfil social de pobreza entre duas gerações. No Canadá e países escandinavos este índice é de 19%.
10. Será  a desigualdade,  reduzida pela educação de qualidade?  Em cada 100 habitantes no Brasil, somente 9% possuem diploma universitário. 130 mil jovens ingressam anualmente na universidade para engenharia. A evasão nesse caso é de 100 mil.
11.  Causas da evasão: a) falta de capacidade para prosseguir; b) falta de recursos para a mensalidade; c) necessidade de garantir emprego.
12. Existe a sangria da escolaridade o que resulta na desescolaridade.
13. 53% dos atuais eleitores no Brasil não concluíram o ensino fundamental.
14. 50% da renda brasileira estão com os 10% mais ricos. 50% dos mais pobres dividem apenas 10% da riqueza.
15. Mais de 50% dos brasileiros detém menos de 3% das propriedades rurais. Apenas 46 mil são donos de 50% das terras.
16.  O relatório da ONU sobre o IDH de 162 países apontou o Brasil em 69º lugar. Muito atrás da Argentina e Uruguai. O país ganha somente da Bolívia e do Haiti na América do Sul.
17.  As mudanças nos indicadores de melhoria de vida mostram tendência de estabilidade, i.e., não  têm mudado.
18.  O relatório da ONU indica ainda que 9% do povo vivem com US$1,00 por dia (cerca de 19 milhões de pessoas). 46,7% da renda nacional está nas mãos  de 10% da população.
19.  A expectativa de vida do brasileiro também não tem mudado. Está na  média de 67,2 anos.
20. É possível romper o ciclo vicioso da desigualdade. O acesso a educação de qualidade nos três níveis. A ONU indicou que esse processo determina a mobilidade socioeconômica entre as gerações.


Referências
http://www.estadao.com.br/noticias/impresso,brasil-e-terceiro-pior-do-mundo-em-desigualdade,585384,0.htm

sexta-feira, 19 de outubro de 2012

PROPOSTA DE REFORMA PARA A EDUCAÇÃO MUNICIPAL

            Em postagens anteriores: “para a intercessão da autoridade” e diversas outras, publicadas no Blog: artigos de opinião: http://walmirton.blogspot.com.br/, mencionei a importância de federalizar o ensino. Hoje, apresento  argumentação simples sobre essa proposta, algo mais detalhada. Permanece muito claro e lógico que os educadores pedagógicos melhores preparados no assunto, poderiam elaborar um projeto mais rico em termo de metas e conquistas. No entanto, independente de quem elabora a reforma, a verdade é que o país precisa avançar! Inovar na educação! Sair da situação de ofertar ensino de pouca qualidade. Enfrentar as dificuldades que se apresentam como desafios a competência.                                                                                                           
Em outros artigos divulgados anteriormente no endereço do blog citado, fiz referencia ao problema, de que não contribui com a melhoria do ensino, elevar somente 10% ou 20% do salário do professor. Na maioria dos casos, esse aumento não resolve a questão e o profissional ainda permanece desvalorizado.  Gastam-se os recursos sem obtenção da produção desejada. Nesse mesmo sentido, não adianta melhorar o ensino fazendo, por exemplo, uma escola modelo. Se gasta a verba pública e a situação ruim continua. A sugestão que encaminho nesse sentido é que o docente, principal responsável pelo ensino, precisa ganhar pelo menos entre R$10.000,00 a R$20.000,00 mensais, de acordo com a situação do mercado atual.                                                                                               
 Existem atualmente, vários municípios no Brasil que apresentam dificuldades ou nem sequer podem pagar o piso salarial da categoria estabelecido pelo Congresso Nacional. Daí uma importância da federalização. O novo projeto de ensino inovador será acompanhado de um sistema de avaliação periódico do professor visando promover aperfeiçoamento e o regime de dedicação exclusiva, como já existe nas Universidades Federais. A carreira seria a mesma para todos os professores, que se tornariam federais. Porque não? Existem várias instituições que não fazem parte do magistério e que por serem federais funcionam bem, a nível nacional, como o caso dos correios e das  Universidades publicas gratuitas que, apesar de todas as dificuldades, são boas instituições nacionais de ensino, pesquisa e extensão.
            O novo projeto inovador de ensino, no entanto, não será capaz de acabar, em pouco tempo, com toda a defasagem que se encontra a educação. Atualmente já é necessário possuir cerca de dois milhões de docentes qualificados para atender a demanda. Portanto, o projeto apresentará em seu bojo, objetivos de qualificar pelo menos, cerca de cem mil professores, para iniciar o desenvolvimento do processo de inovação da qualidade do ensino. Cumprida a primeira fase da inovação, a implantação gradativa terá seguimento visando atingir as metas pré-estabelecidas.                                                                                                                   
Os procedimentos inovadores  que implantará a educação de qualidade exigirão reformas na Universidade para os cursos de formação de professores. Da mesma forma, os currículos escolares serão também reformados.  Apresentarão a característica singular da igualdade nacional. Claro que será possível a flexibilidade para a introdução de aspectos regionais típicos. A democracia agora estaria em sintonia com o projeto uma vez que esse regime político, implica necessariamente, na oferta  de educação igualitária para todos.                                                                                            
 Uma preocupação que existe sobre a federalização diz respeito aos desvios dos objetivos educacionais que poderiam ser promovidos mais facilmente. Nesse caso então, a administração das escolas seria descentralizada! Poderá ser realizada inclusive pela própria comunidade escolar. Mas o professor será unificado, isto é, percorrendo uma carreira federal.                                                                                                               
 O ex-governador gaucho Leonel Brizola, criou os Cieps (Centros integrados de Educação pública) que funcionavam em tempo de horário integral, com métodos especiais de ensino, alimentação com nutricionistas, esportes, leitura e tratamento odontológico. Não deu certo por quê? Não seria útil discutir esse trabalho? Alguns  Cieps deixaram de funcionar nos moldes que foram projetados. Outros desses estabelecimentos estão servindo de locais para funcionar a administração pública. Não seria útil analisar o caso e aprender com a experiência? A idéia não se alastrou país afora por quê? O projeto começou muito devagar? Fizeram poucos Cieps? Precisava de mais Cieps? Não tenho dúvidas de que a comunidade em geral precisa discutir todo esse assunto para que possa ter continuidade no âmbito do Congresso Nacional.
Walmirton

segunda-feira, 15 de outubro de 2012

O BRASIL NÃO GANHOU O PREMIO NOBEL

            A mídia escrita e falada, anualmente, anuncia os ganhadores do premio Nobel em ramos diferentes do conhecimento como: física, fisiologia, medicina, literatura, etc. São prêmios de milhões de reais, oferecidos desde 1901 e destinados a pesquisadores cujo trabalho, de elevado nível, contribuiu para a melhoria da sociedade.  Têm sido premiados, os estudiosos sediados em várias partes do mundo. E no Brasil? Porque ninguém ainda não foi laureado? É do conhecimento geral que um grupo seleto de pessoas recebe essa honraria que se tornou uma das distinções mais valorizadas nos dias de hoje. A premiação ocorre por meritocracia e já foi concedida 833 vezes.                                   
 Aparte as questões regimentais e políticas que envolvem as decisões sobre o assunto, sabe-se que no ano de 2009, o Brasil investiu 24,2 bilhões de dólares em pesquisa e desenvolvimento. Imagine, na época, esse valor representou um grande avanço em relação aos anos anteriores. Nessa mesma data, a Alemanha destinou 82 bilhões. Os setores políticos e sociais no Brasil foram e são ainda  responsáveis também por essa diferença de investimento.             
 As diferenças entre os países, sobre as ciências e inovação, podem ser mais bem compreendidas se houvessem visitas e conversações com alguns ganhadores desses prêmios. Sou testemunha que em países da Europa e Ásia, por exemplo, o sistema de transporte facilita a comunicação e o progresso. Do aeroporto, pode-se viajar de trem, de alta velocidade, para o interior do país. Deve-se considerar ainda, a infra-estrutura de apoio ao trabalho. Merece aplausos prolongados, não somente os equipamentos de ultima geração, mas também às instalações de excelência, como prédios, salas, laboratórios, materiais, etc.                                                                                        
 A quantidade de equipamentos de última geração impressiona. Permitem estudos e pesquisas de alto nível sobre os mais diversos assuntos dos diferentes ramos do conhecimento, como a medicina, por exemplo: câncer, DNA, células - tronco, proteoma, somente para mencionar alguns.. Funcionam em alguns casos, instituições cientificas que possuem mais de 500 pesquisadores. Em outros casos, instituições que investem 20 milhões de euros diariamente. Eis a razão! O Brasil ainda não pensa assim.  O Brasil sabe qual é o caminho! Ensino de qualidade nos três níveis. Infelizmente, ainda não coloca em prática o que sabe. Não percorre o caminho que já conhece.                        
E no caso dos prêmios de literatura e da paz para os quais não é necessário fazer tantas experiências práticas custosas? Porque não há ninguém! A explicação decorre do fato de que a escola de qualidade, do fundamental ao nível superior, consiste no principal colaborador na formação dos futuros cidadãos. É preciso de pessoas que recebem essa educação e não apenas de dinheiro. É preciso gerações e gerações de estudiosos. Esse tipo de comunidade cria o clima necessário. Isto é, pesquisadores estudando e trocando informações para interagir.